Companheiros e companheiras,
O Brasil passa por um dos piores momentos de sua história recente com crise institucional, econômica e ética. Os direitos dos trabalhadores estão sendo atacados pelo governo, Congresso e empresariado. O funcionalismo público vive sob a ameaça da absurda Reforma Administrativa, a PEC 32, que vai destruir o serviço público brasileiro em todos os níveis.
Estamos em uma encruzilhada na qual não há como ficar alheio aos rumos que desejamos – e vamos lutar muito – para o nosso país. Cabe a cada trabalhador, e nisto estamos todos nós do funcionalismo público, lutar para que sejamos respeitados, tenhamos todos os direitos garantidos e que possamos promover justiça social em um país de tantas injustiças, tragédias e misérias.
Viramos a página do primeiro semestre de 2022 e sabemos que teremos muitas decisões importantes que serão tomadas na segunda metade do ano. O funcionalismo não pode – e nem deve – se furtar de lutar junto com a classe trabalhadora para recolocar o Brasil em uma posição de respeito mundial – que perdemos nos últimos anos – e de voltar a ser um país justo com seu povo e os trabalhadores.
A classe trabalhadora tem uma pauta de reivindicações que foi construída na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat 2022 - Emprego, Direitos, Democracia e Vida) pelas centrais sindicais e os sindicatos. O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC) fez parte da elaboração desse documento tão importante e que deverá pautar as políticas públicas para geração de emprego e renda do novo governo que assumirá o Palácio do Planalto, a partir de janeiro de 2023.
A pauta aprovada na Conclat tem 63 pontos que são fundamentais para a classe trabalhadora e toda a sociedade. As demandas não são apenas trabalhistas. Elas tratam também de inclusão social, combate ao preconceito de gênero, cor, raça e credo religioso, respeito ao meio ambiente, investimento na agricultura familiar e na reforma agrária, incentivo à cultura, capacitação profissional, oportunidades de emprego para quem está entrando no mercado e para quem tem mais de 50 anos, entre outros pontos.
O documento está sendo entregue aos candidatos à Presidência da República. Nosso papel é debater de forma ampla com todas as matizes políticas e exigir o comprometimento dos candidatos com a execução dessa pauta tão essencial para os trabalhadores e trabalhadoras deste país. Mas sabemos que enfrentamos uma batalha gigantesca com os sucessivos golpes que estamos vivendo nos últimos anos com governos que atacam, sistematicamente, a classe trabalhadora.
Chega, companheiros e companheiras! Chega de sempre perder. O funcionalismo tem papel fundamental nesta luta para que possamos ter um país melhor. Somos milhares de trabalhadores e trabalhadoras no Brasil inteiro. Cumprimos com nosso papel digno e comprometido de servir a população com respeito e responsabilidade. Não podemos – e não vamos – nos omitir nesta grande batalha que vamos travar neste segundo semestre entre um projeto de nação justa e para todos e o Brasil dos banqueiros, das especuladores, da privatização, do desemprego, da precarização, da violência, da corrupção, da destruição da Amazônia, do extermínio dos povos originais, da pobreza, da fome e da miséria.
Você faz parte desta luta! Precisamos estar unidos, mais fortes e conscientes de que é uma questão civilizatória e não podemos mais permitir que nosso país continue sendo destruído por quem mente, dissimula, ataca a democracia e as instituições, e que está entregando o nosso Brasil de graça para especuladores e grupos internacionais.
Vamos à luta!
