A situação em que se encontra o sistema Educacional Municipal de Campinas vai de mal a pior. Faltam condições básicas de trabalho além de equipamentos, impedindo-nos de exercer nossas funções de forma adequada, o que causa a queda da qualidade do atendimento de nossas crianças cujo direito é inalienável.
Nós, trabalhadores, estamos nos desdobrando para que não haja queda na qualidade dos serviços e repudiamos a falta de condições mínimas de trabalho e a relação trabalhista degradante a que estamos sendo submetidos diariamente.
Esta situação fere totalmente a ética profissional, além é claro de prejudicar a prestação dos nossos serviços à população.
Como se não bastasse, o Prefeito anuncia com estardalhaço a diminuição do déficit de vagas na Educação Infantil através do Programa intitulado “Creche Maior, Vida Melhor”. O referido Programa foi concebido da noite para o dia com cunho eleitoreiro, onde aprofunda o investimento na terceirização através das Naves Mães, em detrimento dos investimentos básicos necessários na rede municipal.
O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas vem a público denunciar o que segue:
1. As precárias condições de trabalho e sucateamento das unidades educacionais, colocando em grave e iminente risco os trabalhadores e as crianças matriculadas.
2. A dramática superlotação das creches municipais, submetendo as crianças a atendimento precário e os profissionais a condições profundamente degradantes de trabalho.
3. O desrespeito às recomendações superiores por parte da Secretaria de Educação às Diretrizes Nacionais sobre relação adulto/criança e espaço físico.
4. Falta generalizada de materiais básicos e pedagógicos para efetivação dos objetivos da educação infantil;
5. Descontrole no oferecimento dos kits escolares referentes aos uniformes que estão desde 2009 nas unidades, onde deveriam estar sendo usados pelos alunos.
6. Péssima qualidade na merenda escolar com baixa qualidade nutricional, como por exemplo, frango servido a seco sem legumes.
7. Retirada intempestiva do sistema de controle e alarmes das unidades educacionais, colocando o patrimônio público vulnerável à ação de terceiros quanto à segurança dos próprios públicos.
8. Descumprimento das políticas de valorização e formação profissional protagonizada pela própria municipalidade, ignorando completamente os dispostos nos protocolos firmados pela SME.
9. Não atendimento das demandas trabalhistas reprimidas junto à Secretaria de Educação.
10. Falta de política pública clara para Educação de Campinas. Mudanças constantes na orientação sobre as questões referentes à Educação, deixando toda a rede desorientada.
O trabalho diário dos Profissionais da Educação não tem sido fácil. Quem deveria estar fornecendo as condições dignas para execução dos nossos serviços só pensa em perseguir trabalhador. Não temos responsabilidade pela falta de vagas, pelas precárias condições de trabalho. Não nos resta outras alternativas senão denunciar e pedir “SALVEM A EDUCAÇÃO DE CAMPINAS porque a cada nova gestão só tem levado o educação para o buraco”.
SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE CAMPINAS