Governo Dário Saadi manteve apenas a reposição da inflação de 5,53% nos salários e aposentadorias; no vale-alimentação e auxílio-nutricional a Prefeitura subiu para 7,81%
Na segunda mesa de negociação, o governo Dário Saadi manteve posicionamento duro de oferecer apenas 5,53% de reposição da inflação, sem aumento real e recomposição de perdas. A reivindicação dos trabalhadores e aposentados na pauta é de 17,62%.
Na pauta da CAMPANHA SALARIAL 2025 “RESPEITO, VALORIZAÇÃO E DIGNIDADE, SIM! ASSÉDIO MORAL, NÃO!”, também foi pedido 17,62% de reajuste no vale-alimentação e no auxílio-nutricional dos aposentados. O governo subiu de 5,53% da primeira mesa para 7,81% na reunião desta segunda-feira - passando de R$ 1.772,37 para 1.910, 79 o valor do vale-alimentação.
A justificativa do governo para uma reposição salarial apenas da inflação é que a arrecadação caiu neste ano, ainda que o governo tenha estimado um orçamento recorde de mais de R$ 10 bilhões. Também foi usado como motivo pelo governo o crescimento vegetativo do quadro de servidores e a avaliação de desempenho que será paga no próximo dia 30 de maio para 2.883 trabalhadores (total de R$ 12 milhões). A estratégia foi colocar bodes na sala.
Na mesa de negociação, os representantes da Comissão Permanente de Negociação (CPN) argumentaram sobre o limite da folha de servidores que está abaixo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a dívida ativa que chega a mais de R$ 14 bilhões e as perdas dos trabalhadores e aposentados nos últimos anos.
“Não aceitamos o índice de reajuste de 5,53%. A Direção do Sindicato rejeita a proposta do governo", disse Tadeu Cohen, coordenador-geral do STMC, na Assembleia Geral, ao colocar em votação o resultado da segunda mesa de negociação.