Em assembleia, categoria decidiu por paralisação quinta-feira
Em assembleia realizada no início da noite de ontem, os servidores públicos municipais de Campinas decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada por unanimidade pelos trabalhadores que compareceram à assembleia de ontem. Uma reunião realizada na tarde de ontem, entre representantes da prefeitura e do STMC (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas), não teve grandes avanços em relação a negociações anteriores. A prefeitura tem cerca de 17 mil funcionários. A greve deverá aumentar o desgaste político do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), que já enfrenta acusações de fraudes em contratos feitos pela Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento) que teriam o envolvimento de membros do primeiro escalão de sua administração. O sindicato deverá publicar um edital hoje, na imprensa, convocando a categoria para uma nova assembleia, segunda-feira, que deverá corroborar a decisão de cruzar os braços tomada ontem. Depois disso, o funcionalismo ainda precisa respeitar um prazo de 72 horas antes de iniciar a paralisação, o que deve ocorrer na quinta-feira. PROPOSTA A administração manteve a proposta de reajuste salarial de 4,22% a partir do mês de maio, mas acrescentou em relação à proposta original a possibilidade de aplicar o índice de inflação medido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que hoje seria de 6,7%, mas que em dezembro deverá chegar a 7%. De acordo com o secretário municipal de Recursos Humanos, Luiz Verano Pontes, esse reajuste salarial escalonado seria aplicado também ao valor do vale-alimentação do funcionalismo público, que hoje é de R$ 428. “Também propusemos o aumento do piso salarial dos agentes comunitários de saúde de R$ 783,45 para R$ 945,16”, afirmou Pontes. A pauta de reivindicações da categoria prevê reajuste salarial de 15,06% repassado integralmente aos vencimentos dos servidores, aumento no valor do vale-alimentação para R$ 600 e reajuste no piso salarial dos agentes de saúde para R$ 1,1 mil. Os servidores já se encontravam em estado de greve.
Fonte: Jornal Todo Dia