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09/04/2008

Encontro discute comunicação e Saúde do Trabalhador

O XIV Encontro Estadual da Renast (Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador) acontecerá de 9 a 11 de abril, no Hotel Excelsior, em São Paulo, capital. No âmbito do encontro da Renast, também serão realizados o 3º Encontro Paulista de Avaliação e Planejamento da Comunicação a Serviço da Saúde do Trabalhador, o 2º Encontro da Rede de Comunicadores pela Saúde e a 1ª Feira de Amostras de Comunicação em Saúde do Trabalhador.

O objetivo dos encontros é traçar estratégias de comunicação na área de Saúde do Trabalhador para auxiliar no combate aos acidentes e às mortes relacionadas ao trabalho. A estimativa é de 500 mortes de trabalhadores por mês, no estado. "É um avião Boeing lotado que cai a cada 15 dias", afirma Koshiro Otani, coordenador estadual da área de Saúde do Trabalhador, sobre o tamanho da tragédia.

"A presença dos comunicadores, dos jornalistas, dos assessores de comunicação das prefeituras municipais, da Secretaria Estadual da Saúde, de órgãos que integram o SUS visa, além de denunciar esse fato à sociedade, buscar ajuda junto aos profissionais da grande e pequena mídia para a redução dos acidentes, das doenças e das mortes no trabalho", explica Otani.

O coordenador defende que a informação é uma arma indispensável para a prevenção e que a participação dos profissionais de comunicação é de extrema importância. "São eles que têm talento para informar de uma maneira mais compreensível para a população em geral", comenta Otani, destacando que é a primeira vez que o evento também reunirá as seis maiores centrais sindicais brasileiras: CUT, CGT, CTB, Força Sindical, Nova Central e UGT.

"Ao final dos eventos, pretendemos definir uma política de comunicação para a área de Saúde do Trabalhador e avaliarmos de que maneira nós podemos trabalhar de forma integrada a informacão técnica com a divulgação adequada sobre as doenças e acidentes que afetam o trabalhador", afirma Otani, lembrando a forma equivocada como a imprensa tratou recentemente os casos de febre amarela. "Milhares de pessoas recorreram aos postos de vacinação desnecessariamente, porque estavam mal informadas. Não se tratava de uma epidemia que pudesse colocar em risco a população", avalia Otani.

Segundo ele, é preciso que os técnicos da área de Saúde do Trabalhador ofereçam aos jornalistas as informações adequadas: de que morrem, de que adoecem os trabalhadores, onde estão os serviços que podem ser procurados, onde buscar os dados mais fidedignos. Para Otani, é preciso que os comunicadores e jornalistas sintam-se membros da equipe multiprofisssional que deve conduzir as ações de prevenção nessa área.

"A expectativa é que esse 14º encontro seja um divisor de águas. A partir dele, com a presença das centrais sindicais, do controle social, dos jornalistas, dos comunicadores e ainda dos técnicos que atuam nessa área, vamos definir as ações a curto, médio e longo prazos, para conter esta que é a maior tragédia social do país", conclui Koshiro Otani. Confira a programação abaixo.

 


Fonte: Portal CUT

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