A sexta-feira (22/5) foi mais um dia intenso de greve: grande passeata, com mais de 4 mil, tomou as ruas do centro com ato público na rodoviária; enterro simbólico mostrou revolta
A assembléia realizada na sexta-feira (22/5), por volta das 17h, após a mesa de negociação com a Administração, reafirmou continuidade de GREVE do serviço público municipal de Campinas. Nova reunião com Governo está marcada para segunda-feira (25/5), às 15h e os trabalhadores querem a presença do Prefeito. Concentração no Paço Municipal começa a partir das 7h. É fundamental a presença de todos para avançar nas conquistas. A adesão do trabalhador à GREVE só tem aumentado. Após o Sindicato ter protocolado o pedido de abertura de negociações e das intensas e bem sucedidas manifestações, o Governo Hélio resolveu, nessa sexta-feira (22/5), chamar a Comissão Permanente de Negociação para sentar à mesa. No entanto, mais uma vez foi hostil, ignorando as reivindicações dos trabalhadores, que permanecem intensamente mobilizados. O Prefeito aumentou, em 56%, seus subsídios, de sua esposa Rosely Nassim Jorge Santos (chefe de gabinete) e dos secretários. Os vencimentos de Hélio e Rosely passaram de R$ 8.600,00 para R$ 13.500,00. Agora quer dar 3% ao trabalhador que todos os dias está nos postos de trabalho atendendo a população. AGENDA - 6º DIA DE GREVE
O anúncio da reunião entre Prefeitura e Comissão chegou durante a grande passeata realizada pela região do centro e que culminou num ato público, dentro da nova Rodoviária de Campinas. O velório simbólico do Prefeito Hélio foi realizado no local, demonstrando revolta do servidor público.
A Comissão de Trabalhadores e representantes do Sindicato foram recebidos apenas pelo secretário de Recursos Humanos, Luis Verano Pontes, que nada trouxe de contraproposta decente à categoria. Tentando enrolar os trabalhadores e o subestimar o movimento, o Governo despejou números para justificar o discurso da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Paralelo ao "blá-blá-blá" da LRF, o Prefeito Hélio, além de não dar às caras, sequer nas reuniões de negociação da Campanha Salarial, tenta sistematicamente coagir o trabalhador nos locais de trabalho.
Na sexta-feira, o Governo Hélio, por meio do seu secretário de Saúde José Francismo Saraiva, publicou uma Ordem de Serviço no DOM para pressionar quem está aderindo à GREVE.
A OS trata da garantia dos serviços essenciais, precaução que vem sendo tomada pelo Sindicato e pelo trabalhador da Saúde, que está em peso na Greve, preservando o atendimento considerado essencial.
Tudo que o Governo faz é tentar conter o movimento dos trabalhadores porque sabe que a união faz a força. A OS e as represálias do Governo não devem inibir o trabalhador que quer se manifestar e quem seu direito de Greve garantido por LEI Federal (Leia texto "Nossa Greve é Legítima"). Todos devem tirar as dúvidas com Sindicato e estar unidos na luta.
3% não cobrem nem a inflação do período. 3% significam rebaixar salários. A GREVE continua forte. Todos ao Paço Municipal.
Fonte: STMC