SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE CAMPINAS
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29/01/2013

Afinal, que nova classe média é essa?

O conceito de “nova classe média” gera debates a partir de diferentes vieses, mas certos números são incontestáveis. Segundo dados reunidos pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) do governo federal, entre 2004 e 2010, 32 milhões de pessoas ascenderam à categoria de classes médias (A, B e C) e 19,3 milhões saíram da pobreza. Ainda segundo a SAE, esse nicho em 1992 era composto por 34,96% da população. 
 
Em 2009 chegou a 50,5% e dados de 2010 apontam para aproximadamente 52%. Em 2009, a NCM foi termo “nova classe média”, mas vê como inquestionável a ascensão social de parte da população. 
 
“O conceito de ‘classe-média’ não é rigoroso e se presta a manipulações. 
 
O fundamental, e isto é o que precisa ser posto em destaque, é que os governos de centro-esquerda iniciaram o processo (negado pela direita) de distribuição de renda, responsável pela emergência das massas na cidadania, que compreende, de saída, o direito ao consumo. 
 
São milhões de brasileiros que estão mudando a paisagem de nossas ruas, de nossos aeroportos, de nossas lojas e sustentando o consumo que impediu a recessão”, sustenta Amaral, referindo-se à crise financeira de 2008/09, cujos efeitos chegaram ao Brasil, mas não com a mesma intensidade sentida por outras nações. 
 
No momento, a preocupação do dirigente socialista, diante dos avanços obtidos por esse contingente populacional, é criar as condições necessárias para que o país não permita qualquer tipo de retrocesso. 
 
“O Brasil só tem uma alternativa: o desenvolvimento econômico, mãe e pai de tudo o mais. Sem desenvolvimento não há geração de emprego, não há distribuição de renda, não há igualdade social, não há saúde pública, não há escola pública e não há soberania. E, como a esquerda brasileira sempre defendeu, nosso desenvolvimento depende do crescimento do mercado interno. Aí a relação é siamesa: um alimenta o outro”, defende.
 
 
Fernando Damasceno. Revista da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil Nº 12 Dezembro de 2012. (pp.4,5).
 

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