Prefeitura de Campinas e Coren-SP lançaram campanha de combate às agressões contra os profissionais nas unidades de saúde
Ano após ano, o STMC recebe dezenas de denúncias dos trabalhadores que relatam casos de desrespeito, violência, agressões, xingamentos e ameaças de usuários do sistema de saúde que descontam a insatisfação com a qualidade do serviço nos profissionais que estão apenas cumprindo suas funções, mesmo em condições inadequadas e, às vezes, caóticas de trabalho.
O coordenador-geral do Sindicato dos Servidores, Tadeu Cohen Paranatinga, afirma que a entidade tem um trabalho intenso cobrando a Administração Municipal para que garanta a integridade física e mental dos servidores. “O sistema de Saúde municipal sofre com a falta de funcionários. Também há problemas estruturais nas unidades de saúde para atendimento adequado dos pacientes. Existe a demora no atendimento dos médicos que também são em número insuficiente para a quantidade de pacientes”, critica.
Tadeu Cohen comenta ainda que os trabalhadores estão envelhecidos e o ritmo de trabalho está cada dia mais frenético com a demanda crescente, principalmente após a pandemia da Covid-19. “Recebemos denúncias de servidores e servidoras que são ameaçados, sofrem com a violência física e verbal dentro dos centros de saúde e hospitais. Recai a culpa sobre os trabalhadores das condições precárias do sistema de saúde. Os servidores são duplamente penalizados com a situação ruim de trabalho e a agressividade de pacientes que descontam neles o descontentamento com o serviço oferecido pelo poder público”, diz.
O Sindicato dos Servidores sempre cobra do governo municipal medidas para coibir a violência contra os profissionais da Saúde como câmeras de segurança, seguranças nas unidades, contratação de mais trabalhadores, reforma ou construção de unidades de saúde, e equipamentos de proteção como as barreiras de vidro ou acrílico que foram colocadas nas recepções.