Sindicato realizou Assembleia Geral da Campanha Salarial 2021 com a participação de mais de 150 servidores/as. O prefeito Dário Saadi ignorou a pauta de reivindicações dos trabalhadores/as e demorou 62 dias para responder um grande NÃO.
O coordenador-geral, Tadeu Cohen Paranatinga, afirmou que o documento do governo não foi uma resposta. “Não vamos aceitar esse documento. A Prefeitura não respondeu nada. Ignorou a pauta e copiou e colou trechos de leis. Vamos enviar novamente e queremos da Prefeitura um posicionamento. Mas a categoria precisa ter unidade, independentemente de posicionamento político dos servidores. Agora é a hora de união. Estamos abertos à discussão sem picuinhas, mas para a construção conjunta da luta”, disse.
Tadeu afirmou que o Sindicato está aberto para discutir com a categoria a estratégia de mobilização e até decretar estado de greve ou mesmo chamar uma greve. O coordenador-geral reforçou que os servidores/as também precisam lutar contra a PEC 32/20 da Reforma Administrativa. “A PEC destrói o serviço público. Nós já perdemos muito na Reforma da Previdência e agora vamos perder tudo com essa reforma absurda desse desgoverno”, disse.
A coordenadora do STMC, Cláudia Bueno, comentou sobre os principais pontos da pauta da campanha salarial deste ano. Ela respondeu questionamentos dos servidores como o aumento da margem do empréstimo consignado e também do reajuste salarial de 5,26%. “A Prefeitura de Campinas no documento não disse nada. Vamos continuar pressionando. Vamos buscar uma mesa de negociação, nem que seja de forma remota mesmo. O governo tem que falar com os servidores e o Sindicato”, afirmou.
O advogado do STMC, Ricardo Marreti, explicou que é possível contestar a argumentação do governo de que não dá nem para discutir a pauta com base na Lei Federal nº 173/20 e em decreto municipal. “Na lei, fica claro que ela não se aplica para situações que aconteceram antes da legislação entrar em vigor e a campanha do Sindicato de 2020 foi antes da lei. Neste ano, a legislação fala em reajuste e a pauta econômica traz reposição da inflação sem ganho real”, disse.
CLÍNICA DOUTOR ÁGIL
Na Assembleia Geral, Tadeu também informou sobre a Clínica Doutor Ágil que já está atendendo os servidores/as, aposentados/as, suas famílias e a população em geral.
A doutora Ana Luísa, médica generalista da clínica, disse que está sendo formado um grupo para atendimento de paciente no pós-covid. “A equipe será formada por mim, uma enfermeira, um psicanalista e um fisioterapeuta. O pós-covid pode ter complicações sérias como fadiga, perda de olfato e paladar e até síndrome do pânico”, esclareceu.