Nesta segunda-feira, o prefeito Jonas Donizette confirmou a retomada das aulas nos colégios para 7 de Outubro. Exigimos que os trabalhadores sejam ouvidos. Somos contra o retorno no meio da pandemia.

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC) exige que o governo municipal ouça a categoria antes de informar à população a volta das aulas presenciais nas escolas para 7 de Outubro. Já fizemos uma denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT) informando que os trabalhadores não foram consultados sobre o retorno e o Sindicato é contra uma retomada das aulas presenciais no meio da pandemia.
No último dia 8 de Setembro, o STMC conseguiu importante vitória quando o MPT determinou que a Prefeitura de Campinas entregasse para o Sindicato o protocolo sanitário de prevenção à Covid-19 para a retomada das aulas presenciais. O despacho da procuradora Clarissa Ribeiro Schinestsck, pedia que fossem oficiadas a secretária de Educação, Solange Pelicer, e a diretora de Vigilância Sanitária, Andrea Von Zuben, para que em 48 horas o documento fosse enviado.
Reiteramos que hoje não há nenhuma garantia de que o ambiente escolar seja seguro para o retorno das aulas. O protocolo foi elaborado por servidores de confiança da secretária Solange Pelicer. Não houve a participação de representantes do Sindicato e do Conselho Municipal de Educação. Insistimos várias vezes para que o STMC participasse das discussões representando os trabalhadores no debate sobre a retomada das aulas presenciais e fomos ignorados.
Exigimos que a Prefeitura de Campinas ouça os trabalhadores sobre os riscos da retomada presencial das aulas. Caso o governo municipal continue com a posição intransigente de não ouvir os servidores, o STMC pode chamar um estado de greve para os trabalhadores da Educação.
O fato de a Prefeitura informar que fará testagem em massa nos servidores da Educação não significa que existam condições para a retomada das aulas presenciais em Outubro. Também não resolve o fato de permanecer em home-office os trabalhadores do grupo de risco, como pessoas acima de 60 anos e com comorbidades.
As unidades educacionais têm demandas e realidades diferentes nas diversas regiões de cidade. Todos os aspectos devem ser considerados. Mas o governo insiste em ignorar os apelos de pais, trabalhadores e comunidade escolar.
STMC em Defesa da Vida e da Educação.