Deputados mudam o texto e incluem outras funções, além de militares e profissionais da Saúde, para manterem os aumentos salariais.

Foto: Agência Câmara Federal
Depois de ser aprovado pelo Senado, no sábado, o congelamento dos salários dos servidores até 2022 também ganhou o aval da Câmara dos Deputados na noite de terça-feira (5 de abril). Mas os deputados fizeram mudanças no texto, tirando fora do congelamento também outros servidores públicos como os trabalhadores das áreas de Educação e da Assistência Social. Já estavam fora militares, segurança pública e trabalhadores da Saúde que atuassem diretamente no combate ao coronavírus.
Outra alteração que os deputados fizeram foi suprimir do projeto a expressão que liberava reajustes apenas para profissionais “diretamente envolvidos no combate à Covid-19”. Os congressistas fizeram ainda mudanças na forma de rateio dos R$ 125 bilhões que serão destinados aos Estados e municípios, cuja moeda de troca foi os salários dos servidores, a proibição de concursos públicos e progressão na carreira.
O projeto continua nefasto e absurdo contra os servidores que já sofrem com o desrespeito dos governantes. O sucateamento do serviço público provocou uma situação limite em que faltam até Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os trabalhadores da linha de frente de combate contra o coronavírus.
É injusto que os servidores paguem essa conta. As entidades sindicais continuam lutando para evitar que esse ataque aconteça. A proposta volta agora para votação no Senado porque foram realizadas alterações no texto.