Projeto que tira direitos dos trabalhadores foi votado no Senado no sábado à noite e passará também por votação na Câmara Federal.
Foto: Agência Senado
O Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (PLP 39/2020) foi votado na noite de sábado pelo Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), costurou um acordo com o ministro Paulo Guedes do governo de Jair Bolsonaro para dar dinheiro aos Estados e municípios oferecendo o sacrifício dos servidores em troca de R$ 125 bilhões, incluindo repasses diretos e suspensão de dívidas. O projeto vai passar pela Câmara.
“Estamos cansados dos servidores públicos serem a moeda de troca entre governo federal, Congresso, Estados e municípios. Mais uma vez, vão tirar do lombo dos servidores. Estabelecer congelamento de salários até 2022 e cortar outros direitos é um absurdo no momento em que a população mais precisa do funcionalismo público. Não podemos aceitar que os políticos decidam a vida de milhões de servidores em um jogo de poder que só traz prejuízos aos trabalhadores”, diz Jadirson Tadeu Cohen Paranatinga, coordenador-geral do STMC.
Estamos revoltados com a postura do governo que ataca com raiva a classe trabalhadora e os mais pobres, que estão pagando com a vida e também com a retirada de direitos a conta da pandemia do coronavírus. Mas não vemos a mesma vontade do presidente Jair Bolsonaro e dos seus ministros em cobrar de quem tem grandes fortunas ou vive de dinheiro especulativo que abram mão dos seus privilégios para o bem do país.