Filtros dos sonhos são amuletos típicos da tradição da cultura indígena norte-americana.
“Foi um ateliê desafiador, porque usamos a paciência, a destreza manual. Também foi um trabalho intelectual porque precisamos identificar dentro da mandala, o local certo para tecer e sem perder o espaço, o que exige coordenação visual motora. Foi um trabalho com começo, meio e fim.”, disse Mariana.
Filtros dos sonhos são amuletos típicos da tradição da cultura indígena norte-americana, que surgiu a beira dos lagos da tribo dos Ojibwa. Essa tribo acreditava que todos os índios tinham as missões de decifrarem seus sonhos, pois neles estavam as mensagens para viver em harmonia com a natureza e o universo. Para essas tribos, o filtro dos sonhos servia para purificar as energias e separar os sonhos negativos dos positivos. Essa tradição se disseminou pelo mundo e ainda hoje é usada para filtrar os sonhos ou simplesmente para enfeitar um lugar especial.
Já a técnica de macramê consiste em tecer fios manualmente, cruzando-os para formarem nós e assim apresentando formas geométricas e detalhadas com franjas, por exemplo.
Segundo Mariana Vianna, os aposentados/as teceram os fios de barbantes crus nos bastidores de bordar, formando desenhos geométricos para confeccionar os filtros dos sonhos. Depois, para decorar o filtro e dar um acabamento harmonioso, usaram fitas e flores.
Ainda segundo Mariana, foi proposto que os aposentados/as fizessem uma reflexão especial, neste mês de ventos, para enquanto confeccionavam o filtro dos sonhos.
“Essa é uma tradição antiga e existem muitas crenças que contam que devemos contar ao vento sobre os nossos sonhos. No Ateliê, falamos sobre a importância de sonharmos juntos”, disse.
Fonte: STMC