O STMC propôs uma ação civil pública junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo denunciando o transporte irregular de materiais biológicos (sangue, fezes, urina, escarro, etc.), além de vacinas e instrumentos cirúrgicos, realizados pelas unidades públicas de saúde do munícipio de Campinas. Em outubro, o Tribunal deferiu o pedido de liminar e oficiou à Vigilância Sanitária Municipal e a Agência Nacional de Transportes Terrestres para realizarem vistorias nos veículos do Município que fazem o transporte dos materiais, além de comunicar outros órgãos de fiscalização. Essa é mais uma vitória do STMC na luta por melhoria no trabalho dos servidores/as públicos de Campinas e na saúde pública.
A direção do STMC apurou as reclamações dos servidores/as públicos e verificou que as irregularidades existem por vários motivos. Os materiais biológicos, entre outros, estão sendo transportados em caixas sem travas, por servidores/as sem EPI (Equipamento de Proteção Individual), em veículos inadequados (sem divisões específicas para esse procedimento), e o pior, juntamente com dinheiro e documentos.
Todos esses fatores podem ocasionar em contaminação dos materiais colhidos dos pacientes que passaram por centros, postos de saúde, prontos atendimentos e hospitais.
Com a contaminação dos materiais não estéreis (fezes, urina, sangue), por exemplo, é possível que os resultados dos exames possam estar errados, colocando a saúde pública e dos servidores/as em risco, além de desperdiçar dinheiro público com tratamentos incorretos, etc.
A situação do transporte irregular é grave e fere as normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O STMC aguarda o trâmite da Justiça para maiores esclarecimentos e decisões.