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10/09/2018

STMC apoia Campanha Setembro Amarelo de Prevenção ao Suicídio; “Precisamos trabalhar a tolerância existencial”, diz especialista

No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que o suicídio aumentou 73% entre 2000 e 2016.


Hoje é o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio e, por isso, o STMC e a CTB  estão divulgando o seu apoio a Campanha Setembro Amarelo. O tema suicídio ainda é um tabu a ser quebrado e a entidade sindical defende uma ampla discussão em vários segmentos da sociedade sobre as melhores maneiras de se prevenir um ato drástico que vem afligindo e atingindo famílias ao redor do mundo. 

No Brasil, a Campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), iniciada em 2015, em Brasília. No entanto, Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca a data de 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio  desde 2003. 

Segundo a OMS, o suicídio é cometido a cada 40 segundos em torno do planeta. Anualmente cerca de 800 mil pessoas tiram as suas próprias vidas, a maioria delas são pessoas jovens, entre 15 e 29 anos. 

No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que o suicídio aumentou 73% entre 2000 e 2016, passando de 6.780 para 11.736 casos. 

A Campanha Setembro Amarelo tem como objetivo chamar a atenção para o tema como uma forma de conscientizar e prevenir o suicídio. Segundos os psiquiatras, as causas do suicídio são diversas, como: depressão, transtornos mentais, envolvimentos com drogas, violência doméstica, abuso sexual, bullying e intolerância.

Os especialistas defendem o diálogo e a ajuda médica como forma de enfrentar o suicídio, sendo a família o suporte essencial.

A psicóloga Karina Fukumitsu é especialista no tema e costuma afirmar em suas entrevistas à imprensa que “Suicídio é a concretização da falta de sentido da vida, é o ápice de um processo de ‘morrência’. Ela costuma ser cometida por alguém que está definhando existencialmente, que deixou de acreditar em sua própria capacidade de transformar a sua dor em amor”.

Ainda segundo a psicóloga ainda afirma que “Às vezes, a pessoa não quer morrer, ela só quer matar uma parte dela que está causando sofrimento. Viver sem sofrer é uma utopia. Por isso, precisamos trabalhar a tolerância existencial”, conclui.
 

Fonte: STMC

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