Com arteterapia, a professora Evelyn Santos, incentiva o autoconhecimento.
Foto: José Lima
Segundo a Professora Evelyn Santos, o mosaico em arteterapia, tem a função de auxiliar na reestruturação, na reorganização de fragmentos da vida, ou seja, da psique (mente ou ego).
Recortar, escolher as cores, colar, sentir, pensar...
Conduzidos pela arte terapeuta, diversas conexões neurais foram ativadas diante do confeccionar um castiçal, iniciando assim a busca pela reconstrução interior, seja de sentimentos ou de pensamentos.
Confeccionar um castiçal foi uma atividade fractal, ou seja, foi algo que se originou de uma estrutura que se quebrou de forma imaginária. Para confeccionar o castiçal foram usados potes de vidros, pedacinhos de papéis coloridos de seda, colas e velas. Os pedacinhos de papéis, por exemplo, representaram os fragmentos da mente, do ego; o pote de vidro, aquilo que possibilita a reconstrução, e a vela, simbolizou a luz interior, protegida, mas possível de transcender.
“Os fragmentos são renovadores e estimuladores da criatividade. E no processo de reconstrução, a existência humana, passa então a fluir e a processar-se a partir do estado de consciência total.”, disse a professora.
Evelyn compara os fragmentos como as nuvens que se dissipa, como um rio que se precipita numa cachoeira e como um ego que se dispersa diante da avalanche de conteúdos inconscientes, mas com a possibilidade de tomar novos formatos, novos rumos.
A atividade estimulou o autoconhecimento, porque os conteúdos inconscientes influenciam nas atividades do cotidiano e podem levar ao caos exterior quando não se busca a compreensão e a transformação de algo ruim para o bom.
Colar, arrumar, reorganizar, colocar novas cores, enquanto se constrói um castiçal pode ser algo motivador transformador de realidades.
“O castiçal tem como função simbólica proteger a nossa luz interior e ao mesmo tempo espalhá-la pelo mundo de maneira única.”, disse a professora.
É o mesmo que dizer: “Ao melhorarmos, através da força de vontade, podemos transmitir novas energias ao mundo e também melhorá-lo”.
Fonte: STMC