Os servidores/as públicos municipais de Campinas decidiram na noite de desta quinta-feira convocar uma assembleia para deflagrar a greve na próxima quarta-feira (23). A categoria espera desde o primeiro semestre uma proposta da Prefeitura para a Campanha Salarial de 2017, o que não ocorreu. O governo alega que só terá condição de apresentar um índice em setembro, quando termina o Programa de Regularização Fiscal (Refis).
No início da noite desta quinta-feira, a categoria se reuniu na sede do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Campinas (STMC) para discutir os rumos da campanha. Muitos reclamaram do parcelamento do pagamento, falta de condições de trabalho, de reposição da inflação e dificuldades financeiras pela falta de reajuste e de correção dos benefícios. Todos entendem o momento de crise econômica, mas o trabalhador/a não pode mais ser prejudicado. A maioria decidiu pela convocação da assembleia-geral com o objetivo de deflagrar a greve. Se aprovada, os trabalhadores/as cruzam os braços após a publicação do edital.
Na última terça-feira, integrantes do governo e do funcionalismo fizeram mais uma rodada de negociação, mas não houve proposta. O secretário de Relações Institucionais, Wanderley Almeida, pediu que a Campanha continuasse somente após a arrecadação total Refis, que termina no dia 15 de setembro. O governo já arrecadou R$ 30 milhões com distribuição antecipada dos dividendos da Sanasa e R$ 14,7 milhões com o Refis! Para o Sindicato e trabalhadores está clara a tentativa do governo protelar a Campanha Salarial de 2017.
Para cumprir o que determina a legislação, o Sindicato publicará a notificação da greve informando o governo e a população e, num prazo de 72 horas, a categoria cruzará os braços. Isso significa que a partir de 00h de segunda-feira (28), todos estão convocados ao Paço Municipal. Pedimos para a Prefeitura um reajuste de 10,34%, além de vale-nutricional de R$ 1.076,20 para todos.
Histórico
A Campanha Salarial de 2017 começou no dia 3 de abril. Em junho, no dia 1, o Executivo convocou a primeira mesa de negociação, dois meses depois do início da campanha. O governo não fez uma proposta. No dia 8 de junho, o Sindicato participou da segunda mesa de negociação com o Executivo, que pediu um prazo para oferecer reajuste. A Prefeitura alegou que precisaria avaliar quanto entraria no caixa após duas medidas: o Programa de Regularização Fiscal (Refis) e antecipação dos dividendos da Sanasa.
