O Evento foi o segundo organizado pelo STMC, na 7ª Semana da Educação.
O Evento “Gestão Democrática da Educação” debateu hoje o que é preciso para implementar de fato essa gestão no município e os desafios futuros para a Educação pública no País com a aprovação da PEC 241 na Câmara, que congela os investimentos pelos próximos 20 anos.
O debate foi comandado pelo professor e diretor da Associação Nacional de Política e Administração da Educação - Seção São Paulo (ANPAE/SP), Pedro Ganzeli, que explanou sobre o conceito de cidadania, de visão de mundo e sobre o Estado Social de Direito.
Está garantida em nossa Constituição, de 1988, o direito social a educação, saúde e alimentação. E essa educação é de qualidade, que prevê a gestão democrática. No entanto, estamos diante de um novo cenário político, que causa preocupação.
“Gestão democrática envolve dinheiro, está ligada a qualidade. O Plano Municipal de Campinas atende a perspectiva de construir essa gestão. Mas, o problema é o governo federal que está mudando a constituição”, disse ele.
Com a mudança, por exemplo, a União não será mais obrigada a investir no mínimo 18% do total arrecadado em Educação nos municípios. O máximo agora será a inflação, que pode não chegar a essa porcentagem.
“Para aplicarmos a gestão democrática precisamos que as escolas promovam as condições necessárias, tanto a pública quanto a privada. Isso é uma dimensão. A outra está em nossa formação cultural e social”, disse.
Ganzeli afirma que temos que agir de forma democrática do começo ao fim. “A visão autoritária, da disciplina, não pode estar ligada a gestão democrática”, concluiu.
O Evento foi o segundo organizado pelo STMC, na 7ª Semana da Educação. O primeiro ocorreu na quarta-feira (26 de novembro), com o nome de “Africanidades e Implicações da Lei 10.639/03”.
