Evento foi o primeiro realizado pelo STMC na 7ª Semana da Educação
O Evento Africanidades e Implicações da Lei 10.639/03, o primeiro realizado pelo STMC na 7ª Semana da Educação, trouxe a importante discussão sobre representatividade africana e afro-brasileira e a mudança de visão de mundo que devemos ter para construir um País onde exista respeito.
O Debate foi comandado pelo Prof. Dr. Dagoberto Fonseca, que mostrou como a nossa sociedade perdeu aspectos fundamentais da cultura africana, de sua identidade e referência. “Ubuntu é sou o que somos, em função daquilo que fizeram de mim. No entanto, serei em um futuro que construirei”, disse.
Uma grande questão hoje em Campinas é como implementar a lei nas escolas. Já é obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas públicas e particulares, do ensino fundamental ao médio. Mas a lei não funciona na prática.
“A dificuldade é fazer o ensino, os educadores, entenderem que têm que se mudar a visão de mundo do que é fazer educação. É difícil para o humano se rever, mas a mudança é algo salutar e mais saudável”, disse. Para ele, é preciso colocar a pedagogia em xeque, com situações novas, para que o professor seduza o aluno.
“Para sensibilizar temos que estar juntos. Temos que fazer um projeto ao longo das gerações, para que cada geração use a sua linguagem”, disse.
O evento foi no Projeto Saberes e Sabores (Rua da Garça, 43, Vila Industrial, Campinas), que tem a cultura africana e afro-brasileira como inspiração para a gastronomia. O Chef Marcelo Reis agradeceu a escolhe do local para promover o evento da 7ª Semana da Educação.
