A Comissão de Educação (composta pelos seguintes partidos: PSB, PSOL, PRB, PT, PCDOB, PSD E PSDB) da Assembléia Legislativa de São Paulo rejeitou nessa terça, 16, dois projetos de lei que tramitam na Casa para instituir no Estado o programa do grupo Escola sem Partido, é um retrocesso para nosso ensino, pois engessa a escola, limita a liberdade dos docentes e mina a capacidade crítica dos estudantes.
Este PL quer estabelecer princípios para a educação nacional, quando já temos Constituição Federal e a lei de diretrizes e bases já determinam esses princípios. As propostas foram apresentadas por dois deputados, Luiz Fernando Machado (PSDB) e José Bittencourt (PSD), em projetos diferentes, mas com textos iguais.
O relatório apresentado pela Comissão de Educação foi aprovado por unanimidade. Para ele, a proposta é inconstitucional, “tendo inclusive, motivado a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão a emitir nota técnica em que diz que o programa coloca o professor sob constante vigilância”.
Projetos de Lei do Escola sem Partido, idealizado para combater uma suposta doutrinação de esquerda que professores praticariam nas escolas, também tramitam no Congresso e em outras seis Assembleias Legislativas. Quase todos reproduzem o texto do programa que veda o ensino de “conteúdo que possa estar em conflito com as convicções religiosas ou morais dos pais e responsáveis”.
O STMC acredita na escola pública como um meio de debate, de troca de informações e aprendizado.