Dia foi criado em 2007, por lei municipal; data foi escolhida para homenagear Paulo Freire
Em 19 de novembro de 2007, foi aprovada na Câmara Municipal de Campinas a Lei Nº 13.157, instituindo a data de 15 de setembro como o “Dia Municipal dos Profissionais da Educação”. A Lei foi publicada no Diário Oficial do Município no dia 20 de novembro de 2007, em reconhecimento a todos os Trabalhadores da Educação que contribuem diretamente para a educação de muitos cidadãos campineiros.
É importante ressaltar que esta data devidamente escolhida pelos propositores da Lei é muito significativa, uma vez que marca, no mês de setembro, a data de aniversário do Mestre Paulo Freire. Ele nasceu em 19 de setembro de 1921, em Recife, numa família de classe média.
Com o agravamento da crise econômica mundial iniciada em 1929 e a morte de seu pai, quando tinha 13 anos, Freire passou a enfrentar dificuldades econômicas.
Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional para o magistério. Suas ideias pedagógicas se formaram da observação da cultura dos alunos - em particular o uso da linguagem - e do papel social da escola.
Chefiou vários programas de alfabetização em diversos países. Quando golpe militar surpreendeu em Brasília, ele coordenava o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart. Na época, Freire passou 70 dias na prisão antes de se exilar. Em 1968, no Chile, escreveu Pedagogia do Oprimido. Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, passando a integrar a vida universitária.
Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e, entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São Paul, no Governo de Luiza Erundina. Foi nomeado doutor honoris causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. Morreu em 1997, de enfarte.
Em defesa da educação pública gratuita e laica!
Além de ser um momento de comemoração, é necessário refletirmos a situação atual da Educação no nosso país. A Pátria Educadora, do Governo Ffederal, precisa de uma construção política sólida de formação e valorização dos seus profissionais.
Repensar a educação integral e ampliar efetivamente a participação da comunidade nas gestões escolares deve ser prioridade.
Também é importante lembrar que o setor da Educação foi o mais afetado pelos cortes financeiros do governo, e investimento é uma das questões fundamentais para a educação.
A luta por melhores condições de trabalho, salário e carreira é nossa pauta de reivindicações, mas é preciso avançar!
Fonte: STMC
