"Operários" é um quadro de 1933, de Tarsila do Amaral, um dos maiores nomes do Modernismo brasileiro.
Dia do Trabalhador: Combater as diversas manobras nefastas de terceirização
A luta dos trabalhadores nunca foi fácil ao longo da história do Brasil. Passamos por momentos delicados e difíceis, mas com muito suor conquistamos nossos direitos, hoje garantidos pela constituição federal.
Mesmo após tantas batalhas, greves, discussões e até prisões, os trabalhadores novamente precisam se unir em prol da causa e cobrar os governantes. A Câmara dos Deputados de uma verdadeira apunhalada nas costas de todos os brasileiros ao aprovar o PL 4330, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa.
A falta de diálogo com a população e a imposição da ‘bancada patronal’ para aprovar o projeto, tornam ainda mais nefasta essa manobra do congresso, formado basicamente por empresários, legislando em benefício próprio. Os deputados que disseram SIM ao PL 4330 rasgam a CLT e jogam no lixo uma trajetória de lutas de diversos sindicatos e movimentos sociais.
O Dieese já atesta que a terceirização não é o caminho para repor a falta de funcionários ou melhorar a qualidade no atendimento. Relatórios do órgão apontam que o trabalhador terceirizado realiza uma carga horária maior, seu salário em média é mais baixo e em alguns casos, a terceirização está ligada até a condições análogas a escravidão.
O debate em torno da terceirização também exige atenção e enfoque municipal. A Câmara dos Vereadores de Campinas vem prestando enorme desserviço a população e aos trabalhadores. O Projeto das Organizações Sociais, que abre caminho para empresas privadas atuarem em sete áreas da Prefeitura, foi aprovado sem nenhuma consulta ou audiência pública.
A população, sindicato e movimentos sociais não tiveram oportunidade de contribuir para o debate, que mudará a vida de milhares de campineiros. Os vereadores que aprovaram o projeto a toque de caixa, seguiram as ordens do Prefeito, ignorando completamente os anseios do povo, que os elegeu. A Câmara de Campinas não faz o papel básico: fiscalizar o executivo e ser a Casa dos debates e audiências públicas.
Assim, companheiros, neste 1º de Maio temos pouco a comemorar e muito a lutar. Precisamos reservar a data para refletirmos o papel dos sindicatos e movimentos sociais dentro da nossa sociedade, para que possamos unir forças contra os retrocessos de governos reacionários e pouco interessados no bem estar da população.
Operários de Tarsila do Amaral /
Fonte: STMC