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15/04/2015

SAIU NA IMPRENSA: STMC denuncia descaso da Prefeitura com a Educação Integral de Campinas


O Sindicato denunciou o  verdadeiro caos na Educação Integral em Campinas. Salas improvisadas e mal adequadas, falta de profissionais e salas superlotadas são alguns dos problemas encontrados pelos diretores do STMC em visita as unidades escolares.
 
Em 2013, o Prefeito Jonas Donizette anunciou a criação do sistema em tom de salvação para Educação, mas depois de 2 anos, o que vemos é um cenário totalmente diferente. O Sindicato continuará em defesa dos servidores e em busca de melhores condições de trabalho, e atendimento a população.

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Emefs têm desde aula em quiosque a superlotação
Aulas em quiosques, máquinas de lavar dentro da sala de aula, buracos e rachaduras nas paredes e alambrados caídos fazem parte de uma gama de problemas vivenciados pelos alunos e professores das Emef (Escolas Municipais de Ensino Fundamental) de ensino integral de Campinas. As denúncias, que ainda apontam salas superlotadas e deficit de funcionários, foram feitas pelo STMC (Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Campinas), que promete encaminhá-las ao MPE (Ministério Público Estadual). No ano passado, o governo Jonas Donizette (PSB) afirmou que o objetivo é "oferecer educação com excelência" na cidade.
 
São elencados problemas nas Emefs Padre Francisco Silva, na Vila Castelo Branco, Professor Zeferino Vaz, na Vila União, João Alves dos Santos, no Boa Vista, Padre Avelino Canazza, na Vila Formosa, e Raul Pilla, na Vila Castelo Branco.
Segundo o sindicato, as unidades com mais problemas estruturais são a Raul Pilla e João Alves. Na primeira, a reportagem constatou rachaduras e buracos nas paredes, salas sem fechadura e queda do alambrado da quadra. No local, adolescentes sem uniforme tinham livre acesso ao interior da escola e jogavam futebol na quadra da unidade.
 
'QUASE UM MILAGRE'
Mãe de dois alunos e integrante da APM (Associação de Pais e Mestres) da Emef Raul Pilla, Josiane Batista, 42, diz que as grades da unidade são constantemente cortadas e arrumadas pelos gestores e Prefeitura de Campinas. Segundo ela, "é quase um milagre" as escola "funcionar".
"O local era liberado aos finais de semana, mas as atividades foram cortadas por conta de registro de casos de uso de drogas, sexo e brigas", disse. Josiane ainda aponta outros problemas como a falta de porteiros. "São dois portões de entrada e saída, por alguns minutos o funcionário fica em um ponto e depois corre para o 
outro." A mãe ressaltou ainda que os professores, diretores e profissionais da unidade se desdobram para dar a melhor qualidade de ensino para os alunos. "O esforço é observado por quem participa da rotina da escola."
 
Uma mãe que estava no portão da Raul Pilla e pediu para não ser identificada disse desconhecer problemas estruturais. A filha, no entanto, disse que os problemas existem e que há menos de dois meses os banheiros femininos estavam sem portas nos sanitários.
 
A dona de casa Elaine Ferreira, 34, disse que na escola João Alves existem bebedouros que não foram instalados. "Tem ainda a questão dos uniformes desse ano, que não foram entregues." Um e-mail foi enviado à prefeitura e o recebimento foi confirmado por telefone às 15h30. Não houve retorno até ontem à noite.
 
Sindicato aponta situação precária
A professora da rede municipal Dayse Alves, integrante do sindicato, afirmou que a situação das escolas é "precária". "O sindicato fez visitas às escolas e constatamos as condições de trabalho dos professores e outros profissionais em questão de precariedade. Um relatório foi feito e deve ser entregue para análise da prefeitura", afirmou.
Uma reunião será realizada amanhã entre diretores do sindicato e uma notificação dos problemas será encaminhada para a prefeitura. O mesmo relatório será encaminhado para análise do MPE, segundo o sindicato. | LP

Prefeitura cita 'excelência'
Quando anunciou a implantação de escolas integral para 2014, a Prefeitura de Campinas, em texto oficial, citou como objetivo "oferecer educação com excelência."
"O objetivo é oferecer uma educação com excelência, ampliando o tempo do aluno na unidade educacional e, assim, aumentar as horas de estudo, do uso da biblioteca e do laboratório de informática, além de proporcionar mais práticas esportivas e artísticas", disse a secretária de Educação, Solange Pelice, à época. O termo voltou a ser utilizado este ano.
"Não estamos só estendendo o tempo do aluno na escola, mas sim ampliando os seus saberes. O objetivo é oferecer uma Educação com excelência, ampliando o tempo do aluno na unidade educacional", disse em texto de 2015. | LP
 
Entidade elenca 12 problemas
Entre os problemas, o sindicato aponta 12 questões nas unidades de período integral visitadas. São elencados casos de alunos sem professores, e deficit de inspetores, zeladores, faxineiros e até cuidadores de portadores de deficiência. Ainda são citados superlotação e salas de aula improvisadas em antigas salas de vídeo, de artes, e laboratórios.


Fonte: STMC

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