A terceirização dos serviços públicos não é novidade em Campinas. O debate é antigo e o Sindicato defende o ingresso no funcionalismo através de concurso público.
O Projeto de Lei, que cria as Organizações Sociais nas áreas da Saúde, Cultura e Esportes, volta à Câmara Municipal nesta teça-feira (17), escondido do povo e do trabalhador. Os vereadores sequer fizeram uma audiência pública para debater quem realmente será afetado por essa decisão.
E o mais incoerente em toda essa discussão é que o Projeto de Lei do Executivo já foi rejeitado nessa mesma casa em 2011, durante uma CPI da Saúde. Na oportunidade, a Comissão Parlamentar de Inquérito recomendou a extinção e extirpação de convênios de co-gestão na área da saúde, considerando uma "forma perversa de contratação".
A CPI, que teve a presidência de Arly de Lara Romeu (atual presidente da SANASA e homem de confiança do Prefeito Jonas Donizette), com relatoria do vereador Peterson Prado e como membros: Arthur Orsi, Dario Saad, José C. Oliveira, Francisco Sellin e Sergio Benassi , encontrou diversas irregularidades. O Sindicato denunciou o sucateamento e afirmou que essa manobra do governo era uma forma de "agenciar empregos" com dinheiro público.
No dia de hoje, o Sindicato protocolou a todos os vereadores um ofício relatando os passos da CPI da Saúde de 2011 e a rejeição às OSs.
O Sindicato pede que o Legislativo volte atrás e derrube o projeto. Um resultado de CPI não pode ser desmoralizado por essa casa. O que nós, entidade sindical e a população de Campinas queremos é somente coerência ética e moral.
"A terceirização é a porta de entrada para corrupção", afirma Jadirson Tadeu Cohen, um dos coordenadores do Sindicato.
Vereadores: o povo espera uma Câmara independente.
Fonte: STMC
