Avaliação final é que houve enorme avanço em duas questões antigas: integralidade do vale alimentação e auxílio nutricional aos aposentados e pensionistas
O quesito econômico de nossa Campanha Salarial foi encerrado com duas conquistas históricas: integralidade do vale alimentação aos servidores que, até agora, recebiam apenas 50% do valor e a criação do auxílio nutricional aos aposentados e pensionistas, no valor de R$ 80,00 a partir de maio de 2013.
Essas duas conquistas são frutos da luta organizada e insistente de nosso Sindicato, travada há, pelo menos, 20 anos. Mesmo com todo o empenho das direções que passaram pelo Sindicato e das inúmeras greves que tiveram esses itens na pauta, nenhum governo, até agora, havia sido convencido da justeza dessas reivindicações.
A da integralidade do vale alimentação atingirá, imediatamente, mais de 1.100 trabalhadores e permitirá a outros tantos poderem reorganizar suas jornadas de trabalho a partir de suas necessidades profissionais e não de suas necessidades alimentares. Em outras palavras, ninguém mais precisará ter uma jornada maior do que necessita apenas para manter a integralidade do benefício. Estão nessa situação os professores adjuntos, profissionais da FUMEC, profissionais da Secretaria de Saúde, como os Técnicos em Radiologia, entre outros.
Já a criação do auxílio nutricional aos aposentados e pensionistas possui um significado simbólico e prático sem antecedentes.
Simbólico, porque além de ser o primeiro resultado positivo depois de duas décadas de reivindicação, deve ser considerado como um importante rombo numa muralha que teimava em negar aos aposentados esse benefício. É apenas o começo da conquista da isonomia de benefícios entre ativos e aposentados, mas um caminho sem volta. O próximo passo é ampliar esse valor e estendê-lo a todo o segmento.
Prático, porque, apesar do valor estar muito aquém do reivindicado, ele passa a ser uma realidade monetária a quem, até agora, nada tinha.
De todas as lutas de nossa categoria, o vale nutricional aos aposentados sempre foi a mais difícil, em primeiro lugar porque mais de 90% dos aposentados do país não usufruem desse benefício (fato que sempre serviu de munição para os governos de plantão fecharem as portas a essa reivindicação) e, em segundo lugar, pela dificuldade de superar o sentimento de corporação que os servidores da ativa sempre acabavam demonstrando quando decidiam sobre a campanha salarial.
Historicamente, nunca os servidores da ativa concordaram em manter uma greve apenas pela pauta dos aposentados, e como os aposentados não fazem greve (apesar de sempre presentes e firmes na linha de frente de nossos movimentos), sua luta e reivindicação sempre ficou fragilizada.
Fonte: STMC
