A diretoria do Camprev (Instituto de Previdência dos Servidores da Prefeitura de Campinas) descobriu que a instituição corre o risco de perder mais R$ 4 milhões que foram investidos em um fundo que aplicou o dinheiro no Banco BVA – que sofreu intervenção do BC (Banco Central). O Camprev já está com outros R$ 5 milhões ‘presos’ de um outro investimento feito no Banco Morada – que também está interditado pelo BC. A administração anterior aplicou R$ 21 milhões no Fundo Diferencial que, por sua vez, investiu R$ 4 milhões em títulos do BVA, banco que sofreu intervenção em 19 de outubro do ano passado. Segundo o presidente atual do Camprev, José Ferreira Campos Filho, com a intervenção do BC houve desvalorização das cotas e do montante aplicado. “Se o BV não for comprado (por outro banco) e quebrar, todos os investidores irão sofrer prejuízos e o Camprev só conseguirá recuperar os R$ 4 milhões em um processo longo, que pode levar anos”, disse Campos Filho, que acrescentou: “Se o BV for vendido podemos recuperar rapidamente essa diferença.”
Em relação aos R$ 17 milhões que sobraram, o presidente do Camprev disse que o prefeito Jonas Donizette (PSB) determinou que se fizesse o resgate para aplicações em bancos mais sólidos,como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. No caso do Banco Morada, a aplicação foi feita por um outro fundo, o Urca.
Ministério Público
O vereador Marcos Bernardelli (PSDB) disse que vai protocolar uma representação no Ministério Público pedindo investigação de crime de responsabilidade. O presidente do Camprev disse que todos os investimentos da instituição foram direcionados para instituições mais sólidas.
Ressaltou ainda que formou um grupo que tem 30 dias para analisar e apresentar resultados sobre a regularidade dos investimentos do Camprev – que tem 7,1 mil aposentados.