Problemas incluem goteiras e falhas estruturais; só na semana passada, serviço foi paralisado duas vezes
Entre as unidades que se encontram nesta situação estão a Policlínica III e o hospital Mario Gatti. Em menos de uma semana, os dois locais tiveram de parar o atendimento por conta de problemas estruturais.
O integrante do Conselho de Saúde de Campinas e membro do Movimento Popular de Saúde Gerardo Melo chamou a situação de “caótica”. Ele contou que o conselho irá cobrar providências da prefeitura sobre a situação estrutural de prédios usados.
“A saúde pública de Campinas está um verdadeiro desastre. Constantemente somos surpreendidos com notícias de que aconteceu algo grave, como alagamento de prédios e até queda do telhado. Algo deve ser feito o mais rápido possível para que os acidentes não façam vítimas”, reclamou. Melo disse que o assunto entrará na pauta do conselho na próxima reunião.
CASOS
Campinas possui, no total, pelo menos 111 unidades que prestam algum tipo de atendimento na área da saúde. Alguns deles já foram obrigados a cortar o atendimento por problemas estruturais. Entre os casos está o setor de radiografia da Policlínica III, no bairro Jardim Itália, que teve de ser interditado ontem. O vazamento em um cano de metal fez com que o teto da unidade ficasse com diversos pontos de goteira. Pelo menos 70 procedimentos tiveram de ser suspensos.
Além disso, documentos, computadores e equipamentos eletrônicos tiveram de ser embrulhados para não serem danificados pela goteira. Também não foi possível agendar consultas médicas.
Segundo a prefeitura, no final da tarde o atendimento foi normalizado com a promessa aos funcionários de que haverá a troca de todos os canos enferrujados, o que deve começar ainda está semana. O cano rompido foi consertado. Ainda segundo a prefeitura, o prédio não teve a estrutura ameaçada e continuará sendo utilizado.
Na quinta-feira, duas alas do PSI (Pronto Socorro Infantil) do Hospital Dr. Mario Gatti tiveram de ser interditadas em razão da queda de parte do teto de gesso. O problema foi causado pelo vazamento de água da rede de ar condicionado.
OUTRO LADO
A Secretaria de Saúde informou que apenas cinco pacientes foram prejudicados com a suspensão do atendimento causado pelos problemas e que os exames já foram reagendados. Informou também que o Ministério da Saúde já repassou a verba para a reforma de 16 postos de saúde na cidade, incluindo a Policlínica, mas não deu o prazo para o início e conclusão das obras nem divulgou o valor dos repasses.
Fonte: Jornal Todo Dia