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06/06/2012

Saiu na imprensa: Serviço precário esfarela o asfalto no Chapadão

Moradores da Av. Luis Smânio reclamam da operação tapa-buracos feita pela Prefeitura

Após receber a operação tapa-buraco da Prefeitura por duas vezes em menos de dez dias, o asfalto da Avenida Luis Smânio, no Jardim Chapadão, ao lado da Escola de Cadetes, já dá sinais de que, em breve, será necessária uma nova rodada. Moradores e funcionários de estabelecimentos comerciais da região reclamam do serviço malfeito e da má qualidade do material. Os buracos abertos em consequência do intenso fluxo de veículos da região foram fechados, pela última vez, na sexta-feira da semana passada.

No dia 22, uma equipe já havia estado no local. Nas bordas das vias, há a formação de valetas ocasionadas pelos degraus junto a buracos que não receberam cuidados, uma armadilha para os motoristas. O pó do piche e os pedregulhos aumentam o incômodo, pois, ao se desfazer, as pedras são arremessadas para dentro das casas e até mesmo atingem carros estacionados.

“Fiquei indignada com a situação. Eles vieram fazer o serviço no final da semana passada e achei que iriam limpar. Deixaram do jeito que estava e ainda fizeram malfeito. Faz menos de um mês que estiveram aqui”, contou a auxiliar de serviços gerais Tereza Moraes, de 41 anos. Ela reclama que os veículos, ao entrarem na garagem da casa, levam a sujeira junto. “E não dá para estacionar aqui em frente porque voam pedras que estragam os carros”, disse.

A aposentada Ivanir Pupulim, de 71 anos, contou que os buracos na avenida são frequentes. “Aqui é um buraco só. Na semana passada fui sair com o carro e estava o caminhão aqui na frente para fechar as crateras abertas. Pensei que iam fazer o serviço bem feito dessa vez, mas não”, disse. “O que adianta colocar o asfalto e não passar o rolo compressor? As pedras ficam soltas. Não adianta só bater”, disse o aposentado Pedro Gonçalves da Costa, de 88 anos, marido de Ivanir.
A auxiliar administrativa Raquel Cunha, de 24 anos, que trabalha de frente para a avenida, criticou a forma como os buracos foram fechados, com uso da máquina que bate o asfalto. “Eles já tinham feito isso há pouco tempo, e agora voltaram a fazer. Só que eles passam com aquela máquina batendo só no meio, e as laterais ficam sobrando. Abre rapidinho o buraco de novo”, contou. A atendente Priscilla de Oliveira, de 18 anos, disse que até mesmo a calçada começou a ser afetada. “Tem cliente que chega a raspar o parachoque na valeta que fica”, disse. “Acho que é interessante saber que tipo de companhia está fazendo esse serviço ou fornecendo o material”, disse Ivanir.

Operação

Responsável pela operação, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos informou, por meio da assessoria de imprensa, que o serviço esteve na Avenida Luis Smânio, no dia 22 de maio, quando foi feito um trecho da avenida e, depois, no dia 1o. de junho, quando o serviço foi terminado. Segundo o coordenador das administrações regionais (ARs), João Guedes, há casos de vias em que o asfalto é antigo, onde seria necessário o recapeamento de todo o trecho, como é o caso da avenida.

Este ano, a Prefeitura realizou a compra de mais de 5 mil toneladas de massa asfáltica. Segundo a assessoria da Prefeitura, o contrato tem validade até janeiro de 2013 com as fornecedoras (Estrutural e Basalto). A Administração municipal paga, hoje, por tonelada, R$ 179,98 pela faixa B, R$ 175,28, pela faixa C, e R$ 194,93, pela faixa D. A assessoria de imprensa explicou que o tipo D é o melhor, pois é mais compacto e garante uma superfície mais lisa. “Os outros têm granulometria menor, ficam mais ásperos e mais suscetíveis a buracos. Na atual operação, a grande maioria da massa usada é a D. As outras duas são usadas em ruas mais periféricas, onde o trânsito é menor”, comunicou.

A Avenida Luís Smânio tem passado por operações constantes de tapa-buraco. A última foi na semana passada, segundo a Coordenadoria das ARs. O problema ali é que o trânsito é bastante pesado e a base da pavimentação é antiga, o que ocasiona surgimento de buracos quase que diariamente.

A Prefeitura de Campinas reconhece que a avenida precisa de um recapeamento, o que não está sendo feito agora, já que foi priorizada a operação tapa-buracos, que era mais emergencial.

Fonte: RAC

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