Expectativa da administração é de normalizar pagamentos até o final da semana
Os servidores públicos municipais de Campinas
que tiraram suas férias neste mês ainda não receberam o valor de 1/3 sobre seus
salários-base referente ao benefício. De acordo com dados fornecidos pela
Secretaria Municipal de Recursos Humanos, o atraso no pagamento das férias
atingiu aproximadamente 6,9 mil servidores públicos. O valor que deveria ter
sido repassado pela prefeitura a esses funcionários é de cerca de R$ 6,6
milhões. O pagamento do
adicional de férias para esses funcionários deveria ter ocorrido no dia 30,
quando foi o pago o salário normal da categoria. A situação atingiu
especialmente trabalhadores da área de Educação que, por conta das férias
escolares, são obrigados a tirar o período em janeiro. “Janeiro e
junho são os meses em que temos a maior quantidade de servidores em férias”,
informou o secretário municipal de Recursos Humanos, Luiz Verano Pontes. De
acordo com ele, a expectativa da administração é normalizar os pagamentos das
férias desses trabalhadores até o final da semana que vem. “No final do ano
muitos pagamentos se acumulam e tivemos um problema de fluxo de caixa que
esperamos resolver o mais breve possível”, disse o secretário. NA JUSTIÇA O coordenador
do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Campinas, Marionaldo
Maciel, afirmou ontem que a entidade pretende ingressar na Justiça contra a
prefeitura para garantir o pagamento das férias desses trabalhadores. “Muita
gente havia planejado viajar ou pagar dívidas com esse dinheiro e até agora não
recebeu. E o pior é que não há uma posição concreta da prefeitura sobre o
assunto”, destacou Maciel. É o caso da
professora Cláudia Bueno, que iria viajar, mas teve de adiar o passeio por não
saber ao certo em que data o dinheiro das férias será liberado pela prefeitura. “Liguei na
secretaria e me informaram que o pagamento das férias sairia até o dia 15 de
janeiro. Já uma amiga fez o mesmo e informaram-na que não havia data prevista.
Isso cria muita insegurança”, disse a professora.
Fonte: Jornal Todo Dia