Quatro novos casos de
funcionários públicos da Prefeitura de Campinas com nomes incluídos no Serasa
por atraso no pagamento do crédito consignado por parte da administração
municipal chegaram ao SMTC (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público
Municipal de Campinas) semana passada.
Na primeira quinzena de julho, o próprio
secretário de Finanças, Paulo Mallmann, admitiu um mês de atraso no pagamento
das parcelas dos empréstimos consignados de pelo menos 600 servidores a bancos
e instituições financeiras.
No mês seguinte, no entanto, Mallmann
respondeu a uma notificação extra-judicial do sindicato afirmando que tudo já
estava quitado desde o início de agosto.
“A prefeitura disse que pagou todas as
pendências em agosto e recebemos na semana passada novos servidores com o mesmo
problema. Eles tinham cartas do Serasa sobre dívidas por falta de pagamento de
até quatro parcelas do crédito consignado obtido no Itaú e Unibanco. O problema
começou depois do contrato de exclusividade com o Banco do Brasil”, disse o
advogado do sindicato, Ricardo Marreti.
O secretário disse, em julho, que a
administração tinha dívidas com 12 bancos, mas que isso trataria-se de uma
prática “normal” no relacionamento entre a administração pública e instituições
financeiras e não seria “admissível” a inclusão do nome dos funcionários no
Serasa por parte dos bancos. “Não se pode pressionar a administração
prejudicando o mais fraco”, criticou.
O TodoDia tentou contato com a assessoria de
imprensa da Secretaria de Finanças e com o secretário no final da tarde de
ontem, após receber denúncia do sindicato, mas não consegiu localizar ninguém.