Saúde: CPI ouve diretores do Mário Gatti

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde ouvirá hoje representantes do Hospital Mário Gatti, às 14h, no plenarinho da Câmara de Campinas. Os depoimentos fazem parte das investigações que apuram a situação da saúde na cidade.

Serão ouvidos: Salvador Affonso Fernandes, presidente do hospital; Ivan Azevedo Pessoa, diretor de apoio operacional e administrativo; Walmir Cândido de Oliveira, diretor técnico, e Wilson Norato, diretor clínico.

A CPI foi instaurada após indícios de irregularidades em contratos e convênios firmados com a Prefeitura e empresas terceirizadas. A comissão vai apurar ainda os atrasos no repasse de verba ao Hospital Cândido Ferreira, a falta de medicamentos e problemas de manutenção das unidades básicas de saúde.

Essa é a segunda reunião realizada pela CPI para colher os depoimentos. A primeira, realizada na segunda-feira na Câmara, ouviu os representantes do Complexo Hospitalar Ouro Verde e o coordenador da cogestão da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), Gilberto Scarazzatti. A SPDM é a entidade que administra o hospital.

Em depoimento, Scarazzatti disse que é preciso pelo menos mais R$ 4 milhões para que toda a estrutura do hospital seja utilizada. Atualmente, apenas 60% do complexo estão ocupados.

Os vereadores também solicitaram documentos referentes aos serviços prestados no Ouro Verde. O vereador Petterson Prado (PPS), relator da comissão, questionou como a verba atual de cerca de R$ 4 milhões por mês tem sido aplicada em medidas de prevenção de doenças, uma forma de reduzir os gastos no atendimento médico.

Cópias de contratos entre a Prefeitura e a SPDM e também do convênio anterior, firmado com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foram solicitadas pelo vereador. Prado ainda pediu a relação, com nomes, endereços e procedimentos adotados, de todas as cirurgias realizadas no hospital. De acordo com ele, a pretensão é fazer um cruzamento do número de cirurgias realizadas com o que está previsto no contrato.

A CPI é presidida por Arly de Lara Romêo (PSB) e formada pelos parlamentares Prado, Artur Orsi (PSDB), Dário Saadi (DEM), Francisco Sellin (PDT), Sérgio Benassi (PCdoB) e Zé do Gelo (PV).

O vereador Antonio Francisco O Politizador dos Santos (PMN) foi definido ontem, por sorteio, como o sétimo membro da CPI da Corrupção. Ele assume o lugar de Antonio Flôres (PDT), que abriu mão da vaga.