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24/06/2011

Saiu na imprensa: Câmara investiga mais uma licitação envolvendo a Ceasa

Empresa Logiclean Comércio e Locação de Caixas Plásticas foi contratada em 2008 e agora está na mira dos vereadores

A Câmara de Campinas investiga mais uma licitação realizada pela Centrais de Abastecimento de Campinas S.A. (Ceasa) com suspeita de direcionamento do resultado do processo. Dessa vez, está na mira dos parlamentares a empresa Logiclean Comércio e Locação de Caixas Plásticas, Serviços de Lavagem e Higienização Ltda., contratada em 2008 para realizar a lavagem das caixas plásticas usadas pelos permissionários. 

A empresa foi contratada quando a lavagem das caixas passou a ser obrigatória na empresa de economia mista, entre 2006 e 2007. O dono da empresa, Paulo Francisco Oliveira, confirmou que a Logiclean foi aberta especialmente para participar do edital. A declaração do empresário sustenta a desconfiança do vereador e autor do requerimento, Rafa Zimbaldi (PP), de que a empresa não teria experiência nesse ramo.

No processo de licitação constam somente três notas fiscais emitidas pela empresa, de valores que não ultrapassam R$ 60,00 e possuem a mesma data, todas de 2008. As três foram emitidas para pessoas físicas e jurídicas da cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. Outro contrato com a Ceasa alvo de requerimento de Zimbaldi é o de fornecimento de carne de avestruz entre 2008 e 2009, quando José Marcos Velasco, ex-criador da ave, era diretor-administrativo.

“O objetivo social da empresa foi operar nas instalações da Ceasa. Esse negócio (edital de licitação para o serviço) se tornou público porque uma empresa desistiu. Achamos que seria um ramo viável”, disse o empresário. A empresa que desistiu do contrato foi a Scholler Plásticos do Brasil, que teve de pagar R$ 25,3 mil para a Ceasa pela rescisão. Este ano, a concessão foi transferida ao Grupo Fartura de Hortifruti Ltda., da rede Oba, após desistência da Logiclean.
O contrato firmado entre a Ceasa e a empresa estabeleceu disponibilidade de um espaço para construção de um galpão de 3 mil metros quadrados. O acordo também determinou exclusividade do serviço prestado pelos próximos 15 anos. “Essa exclusividade restringiu as opções dos permissionários, que teriam que pagar o preço estabelecido”, disse Zimbaldi. Pelo uso da área, a empresa teve de pagar R$ 2,00 pelo metro quadrado à Ceasa, um total de R$ 6 mil por mês.
No endereço da empresa, no bairro Guarani, está localizado o escritório de contabilidade que atende a própria empresa. Segundo Oliveira, isso ocorre porque a Logiclean está em processo de fechamento. “Nós estamos fechando essa empresa, foi o pior negócio que fizemos, por isso consta esse endereço.” No entanto, o nome da empresa ainda está registrado na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp).

Fonte: RAC

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