Decisão da Justiça do Trabalho foi baseada na precariedade do local
A Justiça do Trabalho decidiu na noite de anteontem pela interdição da Policlínica 2 dentro de 15 dias. A prova documental reunida com outras entregues anteriormente, em especial o recente relatório de vistoria efetuada pelo Conselho Regional de Medicina, atesta as precárias condições do local, motivo suficiente para a interdição do prédio.
Entretanto, o prazo de 15 dias, com cinco dias para a Prefeitura entrar com recurso contra a decisão, foi dado para que o atendimento prestado não seja interrompido, o que causaria prejuízo aos usuários. Assim, será possível que os serviços prestados sejam transferidos para outros prédios, possibilitando a interdição sem descontinuidade no atendimento.
Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC), Marionaldo Maciel, a única opção coerente seria a construção da Policlínica em um outro lugar. “É inviável abrigar uma unidade de saúde em um prédio como esse. Recentemente, foram feitos alguns ajustes, mas nada que seja suficiente para acabar com os maiores problemas, como proteção adequada contra incêndio, oscilação constante de energia elétrica, infiltrações e umidade, equipamentos velhos e ultrapassados, entre outros. Além disso, o local não possui alvará expedido nem pela Vigilância Sanitária nem pelo Corpo de Bombeiros”, afirmou.
O secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, informou que ainda não recebeu nenhuma notificação com a decisão judicial. “Mas, independentemente disso, a Saúde tem, desde o começo do ano, projetos para a Policlínica”, afirmou.
A FRASE
“A unidade de radiologia está instalada dentro de um banheiro. É lamentável.”
MARIONALDO MACIEL
Coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas
Fonte: Correio Popular