Em carta enviada ao sindicato, o prefeito José Pavan Junior afirma estar aberto ao diálogo e que imposições politiqueiras não serão aceitas
Os
servidores públicos de Paulínia entraram em greve na manhã desta quarta-feira
(para reivindicar reajustes salariais, aumento do auxílio alimentação, plano de
saúde e mudança da data base da categoria. Depois de uma reunião na base do
Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Paulínia (STSPMP),
os funcionários foram às ruas a partir das 9h para protestar contra a
administração do prefeito José Pavan Junior (DEM), que, segundo os
manifestantes, não dá abertura a diálogo com o sindicato. Hoje pela manhã, os
servidores realizarão uma nova assembleia para discutir nos novos passos da
greve, que não tem data para acabar. Os manifestantes andaram pela região
central da cidade, em especial pela Avenida José Paulino, principal via de
Paulínia. Depois, partiram em direção ao Paço Municipal, onde ficaram por pouco
tempo. O protesto começou às 6h30 e acabou cinco horas depois. Em
resposta ao manifesto, a Prefeitura enviou uma carta ao sindicato rebatendo as
críticas. Segundo o documento, as conversas estavam em andamento e nunca foram
suspensas, ao contrário do informado pelos servidores públicos. A carta ainda
questiona as reivindicações e enumera 12 benefícios concedidos nos últimos dois
anos aos funcionários 'sem que houvesse a necessidade de medidas radicais de
ambas as partes'. Entre os benefícios, estão a adequação do período de férias e
a incorporação ao salário do abono de R$ 300. Para
o presidente do sindicato, Eudinei Cabral, o documento da Prefeitura não tem
validade. 'Mostra somente a versão deles. Tenho um documento protocolado para
pedir alguns benefícios há dez anos e nunca tive resposta. Nesse tempo, onde
fica a negociação?', reclamou Cabral, confirmando também que a greve é por
tempo indeterminado e gerou adesão geral entre os servidores públicos. A
manifestação reuniu aproximadamente mil servidores, de acordo com o próprio
presidente. 'Tem gente que dobrou o turno só para participar do protesto. Mas
outros não puderam, porque foram assediados pelos chefes'. Além
de negar a suspensão das negociações, o prefeito de Paulínia José Pavan Junior
relembrou o pouco diálogo que o sindicato tinha com a administração passada
para justificar a boa relação atual. Pavan, no entanto, reitera que não
aceitará imposições. 'As conversações nunca foram interrompidas, entretanto,
esta democratização não significa que aceitaremos imposições e muito menos
decisões politiqueiras que objetivam interesses muito mais eleitoreiros do que
o verdadeiro anseio do servidor público', afirmou o prefeito, através da carta
entregue ao sindicato. O
documento ainda mostra todos os benefícios concedidos aos servidores públicos
nos dois últimos anos, que, segundo Pavan, é um número maior em comparação aos
últimos dez anos. Entre os principais benefícios, estão: incorporação ao
salário do abono de R$ 300, adequação do período de férias, aumento do
adicional de risco pago aos Guardas Municipais e Guardas Noturnos (de R$ 420
para R$ 850), incorporação do Prêmio Produtividade ao salário dos médicos e
cirurgiões dentistas da Secretaria Municipal de Saúde, aumento da Licença
Maternidade de 120 dias para 180 dias e criação da hora escala para os
servidores que trabalham em escala nos domingos e feriados, com adicional de
40% sobre a hora normal. Fonte:
Agência Anhanguera de Comunicação
Fonte: Portal RAC