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10/06/2011

Saiu na mídia: Entenda como se desenvolveu o Caso Sanasa desde 2010

Esquema foi revelado em 2010 quando Gaego e Corregedoria desmontara esquema em licitações

17 de setembro de 2010 - O Gaeco e a Corregedoria da Polícia Civil desmontam um esquema de fraudes em licitação. Oito pessoas foram presas entre elas o empresário paulistano José Carlos Cepera e os lobistas campineiros, Maurício de Paulo Manduca e Emerson Geraldo de Oliveira. O esquema atingiu 11 prefeituras, incluindo a Sanasa em Campinas. As apurações apontaram um prejuízo de R$ 615,7 milhões.

21 de setembro de 2010 - Uma manobra na Câmara de Campinas permite a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) chefiada pelo ex-líder de governo, Sergio Benassi (PCdoB), para apurar as denúncias de fraudes na Sanasa.

23 de setembro de 2010 - Um computador do prédio do Ministério Público que continha informações sobre as investigações de fraudes nas licitações é furtado durante a madrugada.

30 de setembro de 2010 - A primeira análise feita pelas sindicâncias abertas pela Prefeitura para investigar o caso não apontam irregularidades.

18 de outubro de 2010 - A sindicância aberta pela Sanasa também não identificou irregularidades nos contratos com as empresas de Cepera.

19 de outubro de 2010 - A Sanasa contrata por R$ 360 mil o escritório de advocacia Oliveira Lima, Hungria Dall'Acqua & Furrier para defender a empresa. Oliveira Lima já atuou como advogado do ex-minitros da Casa Civil, José Dirceu e do médico Roger Abdelmassih.

28 de outubro de 2010 - O presidente da Sanasa Lauro Péricles Gonçalves presta depoimento na CPI. O diretor técnico da empresa, Aurélio Cance Júnior, esteve no depoimento e afirmou que a Sanasa não iria romper os contratos com as empresas denunciadas e abriria novos processo de licitação ao término das prestações de serviço. Cance afirma conhecer Cepera.

29 de outubro de 2010 - A Justiça liberta Cepera que responde o processo em liberdade. Manduca e Oliveira também são libertados.

26 de novembro de 2010 - O ex-presidente da Sanasa, Luiz Augusto Castrillon de Aquino presta depoimento na CPI da Câmara.

08 de dezembro de 2010 - Um policial federal envolvido nas investigações de fraudes em licitações é encontrado morto em Campinas. A Corregedoria da Polícia passa a investigar a morte do policial que era chefe do departamento de inteligencia da PF.

04 de janeiro de 2011 - A Sanasa prorroga o contrato com a Pluriserv, uma das empresas denunciadas. O aditamento no valor de R$ 500 mil para o serviço de segurança foi prolongado por um mês.

 

18 de janeiro de 2011 - O juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas acata a ação de peculato proposta pelo MP pela contratação do advogado Oliveira Lima.

24 de janeiro de 2011 - A CPI da Sanasa na Câmara é encerrada e os vereadores não encontram irregularidades.

04 de abril de 2011 - O MP passa a investigar outros contratos da Sanasa e a convocar dirigentes da empresa, representantes do poder público e empresários para prestar depoimentos.

12 de abril de 2011 – O MP faz 17 novas convocações para depoimentos. Na lista estão a primeira-dama, Rosely Nassim Jorge Santos, o secretário de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto, o coordenador de Comunicação, Francisco de Lagos, o presidente da Sanasa, Lauro Péricles Gonçalves, além de empresários e outros dirigentes públicos.

13 de abril de 2011 – O MP passa a investigar a participação da primeira-dama na Solução, Transporte e Logística. A empresa não teve o nome incluído na sua declaração de bens.

19 de abril de 2011 – O MP passa a investigar as empresas da família do ex-diretor de Planejamento da Prefeitura, Ricardo Chimirri Cândia. O empresário possui 19 terrenos alugados para a instalação de telefonia celular.

20 de abril de 2011 – A oposição na Câmara Municipal de Campinas articula a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as mais recentes denúncias de supostas fraudes nos contratos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A. (Sanasa). O autor da proposta, o vereador Artur Orsi (PSDB), tinha conseguido dez das onze assinaturas necessárias para protocolar o pedido. Ele garantiu que continuaria sua busca até mesmo no feriado de Páscoa.

21 de abril de 2011 –  A oposição na Câmara pressiona os vereadores da base governista na tentativa de emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as novas denúncias de supostas fraudes em contratos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa). Os parlamentares opositores prometeram ir a Justiça caso não haja modificação no Regimento Interno que limitou a três a quantidade de CPIs que podem tramitar ao mesmo tempo. Atualmente são investigadas denúncias na Serviços Técnicos Gerais (Setec) e na Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).

22 de abril de 2011 – O Ministério Público (MP) em Campinas ouve o lobista Maurício de Paulo Manduca no processo que investiga supostas fraudes em sete contratos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa). Manduca foi apontado como um intermediador num esquema de fraudes e direcionamento em contratos públicos e lavagem de dinheiro, operado por seis empresas do empresário paulistano, José Carlos Cepera. O lobista chegou a ser preso em setembro do ano passado, quando o caso veio à tona, mas conseguiu na Justiça o direito de responder o processo em liberdade.

25 de abril de 2011 – Numa tentativa de livrar o Executivo de mais desgastes na Câmara, os vereadores da base governista partiram para a coleta de assinaturas de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Desta vez, a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), sai de foco para dar lugar as antenas de telefonia celular. A CPI das antenas segundo o líder de governo, Francisco Sellin, pode reforçar o trabalho de investigação que teve início dentro da Prefeitura.

26 de abril de 2011 - O Ministério Público (MP) ouviu o empresário João Tomas de Alcântara, ex-funcionário da Hydrax. A empresa manteve contrato para a instalação de tubulação de água e esgoto com a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa). Alcântara disse apenas que respondeu aos questionamentos da promotoria. 'O resto é segredo de Justiça. Foram vários assuntos que eu prefiro não comentar. Prefiro que vocês tomem as conclusões pelos outros depoimentos', disse.

26 de abril de 2011 – Tentativas de criar pelo menos duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) - uma delas com sucesso - para se adiantar à oposição, debandar em bloco das sessões da Câmara para evitar a convocação de integrantes de peso da Administração e até a apresentação de um atestado médico que possibilitou o adiamento, por pelo menos 15 dias, do depoimento da primeira-dama, Rosely Nassim Jorge Santos, ao Ministério Público (MP) são algumas das mais recententes ações da base governista do Legislativo, e do próprio Executivo, para 'blindar' o primeiro escalão da Prefeitura de Campinas. Tudo isso está relacionado às investigações sobre supostas fraudes nos contratos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa) mantidas pelo MP, assunto que tem dominado a pauta dos dois poderes nas últimas semanas.

26 de abril de 2011 – Com a assinatura de Luiz Henrique Cirilo (PSB), o tucano Artur Orsi conseguiu as onze assinaturas que precisava e protocolou a segunda CPI da Sanasa na Câmara Municipal. Agora, objetivo é apurar as novas denúncias surgidas contra a empresa no Ministério Público (MP). De acordo com o Regimento Interno da Casa, esta Comissão está atrás da CPI dos Idosos - de Jorge Schneider (PTB) - na fila de espera para a sua efetiva instauração. Orsi confirmou que, caso seja necessário, vai procurar a Justiça para garantir o início dos trabalhos.

05 de maio de 2011 – O servidor público de Campinas Edmar Gonçalves Nunes negou ter qualquer outra relação que não seja d
Fonte: RAC

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