Pela manhã, a população ainda sentiu pouco os efeitos do movimento
20/05/2009 - 08:45 Atualizado às 12h20 Os funcionários da prefeitura de Campinas iniciaram uma greve nesta quarta-feira (20). No início da manhã os funcionários que chegavam à prefeitura não entraram para o trabalho e se concentraram em frente ao paço municipal. Os servidores decidiram pela greve numa assembléia realizada na semana passada. A paralisação só começou nesta quarta-feira porque o sindicato cumpriu a lei e aguardou 72 horas após a publicação de um edital com as informações sobre a greve geral. Sindicato e administração municipal já chegaram a negociar, mas não chegaram a um acordo. Os servidores rejeitaram uma proposta que prevê reajuste salarial de 3%. A categoria reivindica 11% de ganho real, reposição de 7% de perdas passadas e aumento no valor do vale-refeição em 18%, tudo estendido também para aposentados e pensionistas. Polêmica Hoje pela manhã a prefeitura fechou o acesso ao paço municipal, no saguão colocou grades de proteção e na rua Barreto Leme, lateral à prefeitura, foram colocados tubos de concreto no local onde carros podem ser estacionados. A iniciativa causou muita reclamação do sindicato, pois com os tubos, o carro de som não pode parar no local. O coordenador de comunicação da prefeitura Francisco Lagos nega que a colocação dos tubos tenha ligação com o início da greve, ele alega que é uma obra na rede de esgoto já prevista pela secretaria de Infraestrutura. Liminar A prefeitura conseguiu na justiça uma liminar que garante o livre acesso de servidores que queiram trabalhar, caso não cumpra esta determinação o sindicato está sujeito ao pagamento de multa. De acordo com Jadirson Cohen, coordenador do sindicato, 30% dos funcionários dos atendimentos de emergência estão trabalhando. Efeitos Tanto a prefeitura como sindicato não tem números precisos sobre a paralisação. Pelo menos no período da manhã a população pouco pode notar sobre os efeitos da greve. De acordo com a prefeitura, em todas as unidades de saúde do município o atendimento foi normal. No hospital Mário Gatti, que é municipal, apenas um grupo de funcionários ficou do lado de fora, o hospital tem 1600 servidores. A greve foi mais sentida em algumas creches, mães que levaram os filhos encontraram as unidades fechadas. No final da tarde os servidores realizam uma assembléia para discutir o balanço do primeiro dia de greve e decidir os rumos do movimento.
Fonte: Site EPTV