É importante a presença de todos!
A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Campinas vai realizar, na próxima quarta-feira (13/07), às 14h, no plenário da casa, um debate público sobre a crise no Complexo Hospitalar Ouro Verde. Por tudo isso, é importante a presença de todos nas manifestações e eventos que envolvam o debate sobre a situação do Complexo Hospitalar Ouro Verde.
Foto: Protesto no Ouro Verde em abril deste ano
Entre os convidados estão membros do Conselho Municipal de Saúde, além dos os secretários municipais de Saúde e Assuntos Jurídicos e representantes do hospital e da SPDM.
Nesta última semana foi noticiado o fechamento de dez leitos no Complexo Hospitalar Ouro Verde, além da ameaça de fechamento de mais leitos e demissão de funcionários. Entretanto, os problemas que envolvem o convênio são de anos atrás e o Sindicato e a diretoria acompanha tudo de perto e pessoalmente.
Agora, o motivo das demissões e fechamento de leitos seria uma dívida de 4 milhões que a Prefeitura Municipal de Campinas acumulou em três anos com a SPDM (Associação paulista para o Desenvolvimento da Medicina). Mas, o convênio que se dá entre o poder público e ente privado apresenta problemas desde a sua celebração.
Entenda a história
O Ouro Verde é administrado em modelo de cogestão (entre o poder público municipal e uma entidade privada). Às vésperas do processo eleitoral no município, em 2008, a Prefeitura firmou um termo de convênio com a Unifesp, que “quarteirizou” a gestão para SPDM. Naquela época, o então membro do Conselho Municipal de Saúde, Jardirson Tadeu Paranatinga, ajuizou uma Ação Popular no MP que trazia as denúncias acerca da inidoneidade fiscal, financeira e administrativa da SPDM, que possuía, só na Comarca de S. Paulo, 2.400 protestos, com dívidas fiscais de trinta milhões de reais, além de reclamações trabalhistas! Mesmo assim, o convênio foi firmado, sob ilegalidade nos trâmites de licitação.
Depois de investigações, no início do ano, o Ministério Público Federal encontrou fortes indícios de que o processo administrativo do convênio foi fraudado, pela intenção exclusiva de promovê-lo. Após estas investigações, o MPF ofereceu representação criminal contra o Prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT) e seus secretários Carlos Henrique Pinto (Assuntos Jurídicos na época) e Francisco Kerr Saraiva (Saúde).
Mesmo assim, Dr. Hélio prorrogou o convênio com a SPDM em março deste ano! Agora, é a Prefeitura que apresenta problemas com relação ao repasse verba ao gestor e no meio deste “rolo” sobrou para os trabalhadores e para a população, grandes atingidos e que sofrem com o descaso do poder público.
Fonte: STMC