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06/09/2011

Saiu na Imprensa: Demétrio pede tempo e busca verba

Prefeito diz que no prazo dado pelo Ministério Público não é possível que camelôs saiam

O prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), disse ontem que negocia com o MPE (Ministério Público Estadual) o alargamento do prazo para retirada de todos os camelôs da região central da cidade. Terça-feira passada, o órgão notificou sindicatos que representam os informais para que os camelôs desocupem o local em 15 dias, sob argumento de que ocupam a área irregularmente e há venda de produtos ilegais. O prefeito informou que vai até Brasília, hoje, pedir verba para a construção de um shopping popular na cidade.
Demétrio disse que, enquanto isso, vai tomar providências para que a fiscalização seja mais rigorosa no local - anteontem houve apreensão de cigarros no camelódromo (leia texto ao lado). “Eu já pedi para que fosse agendada uma reunião com as cúpulas das polícias Militar, Civil e Federal, e, juntos, vamos montar um plano de estratégia para a fiscalização dos camelôs”, afirmou Demétrio.

O prefeito informou que não há possibilidade de os camelôs saírem dentro do prazo, até porque o assunto se trata de uma questão social. “Estamos nos reunindo com o MP para aumentar esse prazo. Não podemos retirar os camelôs de lá, e deixar todo mundo sem emprego. Se trata de uma questão social também”, afirmou.

O petista evitou dizer, porém, quanto tempo seria necessário para a retirada dos camelôs.

O prefeito informou que pretende construir o shopping popular numa área ao lado da Fepasa. “Estou indo para lá em busca da verba para o projeto. A diretriz é trabalhar em cima de legitimar os vendedores ambulantes como comerciantes informais”, afirmou.

O chefe de Gabinete da prefeitura, Nilson Lucilio, afirmou que as conversas com o MP estão adiantadas. “O MP tem de entender que não podemos somente retirar. As reuniões têm sido produtivas, e vamos nos empenhar ao máximo para que continue assim”, explicou.

Nenhum promotor que acompanha o caso do camelódromo foi encontrado ontem, por telefone, na instituição, após as 18h de ontem, nem em seus telefones celulares.

FISCALIZAÇÃO
Questionada sobre a fiscalização no camelódromo após a apreensão feita anteontem, a presidente da Setec (Serviços Técnicos Gerais), Tereza Dóro, disse que não pode fechar barracas sem ordem judicial. “Eles fizeram uma apreensão, mas eu preciso de uma ação para fechar outras. Nós cuidamos da parte de alvará, mas a fiscalização é por parte da Polícia Militar. Não posso chegar e lacrar as barracas. Depois, eles (camelôs) comprovam que só vendem produtos legais, e eu vou fazer o que?”, disse.


Fonte: Jornal Todo Dia

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