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14/04/2008

CUT faz ato unificado em 28 de maio

Em ato unitário das centrais sindicais realizado na manhã desta segunda-feira (14) em São Paulo, o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, alertou para a necessidade de "colocar o Brasil em movimento num grande Dia Nacional de Luta, que afirme a pauta positiva dos trabalhadores e trabalhadoras".

As centrais decidiram realizar paralisações em diferentes setores de atividades e mobilizações de rua, por todo o Brasil, no dia 28 de maio, já batizado de Dia Nacional de Lutas e Mobilizações pela Redução da Jornada de Trabalho sem Redução de Salários e pela Ratificação da 151 e 158. "Vamos organizar paralisações de uma hora, atraso na entrada dos turnos, mobilizações na porta de fábricas e empresas, panfletagem. Nosso objetivo é chamar a atenção da sociedade e pressionar o Congresso pela nossa agenda, a agenda da classe trabalhadora", afirmou Artur

De acordo com o presidente cutista, "o país vive um momento de crescimento econômico que precisa se converter cada vez mais em desenvolvimento sustentável, com valorização do trabalho, geração de emprego e renda". Por isso, sublinhou, "condenamos o aumento na taxa de juros, como está sendo proposto pelo Banco Central, porque o país precisa de mais produção e mais consumo. Uma elevação da taxa de juros no Brasil, no mesmo momento em que os Estados Unidos reduzem as suas, seria um contrasenso, serviria apenas para inundar o país de capital especulativo e retrair a atividade econômica, com impactos negativos no salário e no emprego".

Para Artur Henrique, "como as centrais já afirmaram, há necessidade de ampliar o Conselho Monetário Nacional (CMN), a fim de democratizá-lo e garantir vez e voz aos trabalhadores nas decisões da política macroeconômica".

O dirigente cutista citou as experiências positivas do setor metalúrgico e químico que vêm realizando assembléias e colocando pressão desde a base, construindo paralisações e manifestações que fortalecem a luta mais geral da classe. Além da redução da jornada de trabalho sem redução de salário, a ratificação pelo Congresso Nacional das Convenções 151 (direito de negociação coletiva dos funcionários públicos) e 158 (contra a demissão imotivada) da Organização Internacional do Trabalho, acrescentou Artur, será um importante passo para garantir melhores condições de vida e trabalho, combatendo a precarização. "Trabalhador unido, jamais será vencido", foi a resposta do plenário.

Em nome da Federação Estadual dos Metalúrgicos, o secretário-geral da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, ressaltou que "é preciso arregaçar as mangas e ir às ruas em defesa da jornada legal de 40 horas semanais".

28 de Maio

De forma unificada, as centrais escolheram o 28 de Maio como Dia Nacional de Lutas e Mobilizações destacando que "A hora é agora; reduzir a jornada é gerar empregos".

No manifesto de convocação do 28 de Maio, as centrais esclarecem que "a luta dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários é histórica e torna-se mais efetiva, com maiores possibilidades de vitória, quando travada nos momentos, como o atual, de crescimento da economia e dos salários, quando as empresas prosperam. Aliada à necessária redução da taxa de juros, será uma importante medida para a geração e distribuição democrática da renda e para o desenvolvimento do país".


Fonte: Portal CUT

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