A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) anunciou oficialmente, na manhã desta quinta (17 de abril), que participa da campanha nacional pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários. As pastorais sociais e as paróquias serão orientadas a colher assinaturas entre os fiéis em apoio à aprovação da mudança constitucional. "É uma causa justa, que se propõe a beneficiar a maioria e a incluir mais brasileiros no mercado formal de trabalho", declarou o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara. "Eu me entusiasmei pessoalmente com a idéia e consultei todos os integrantes do Conselho Episcopal de Pastoral, que aprovaram". Dom Dimas recebeu dirigentes sindicais na manhã de ontem, na sede da entidade, para debater o tema. "É um apoio extremamente importante. Se a CNBB entende que a redução vai beneficiar a maioria e gerar mais empregos e qualidade de vida, é mais um sinal de que nossa campanha não é corporativa, mas visa amplas parcelas da sociedade e todas as categorias", afirma Artur Henrique, presidente da CUT. A CUT e as centrais sindicais coordenam a campanha nacional pela redução da jornada sem redução de salários. Um abaixo-assinado percorre as diferentes regiões do país desde 11 de fevereiro. O objetivo é colher, no mínimo, um milhão e meio de assinaturas para pressionar o Congresso Nacional a aprovar a PEC 393/01 - que reduzirá a jornada de 44 para 40 horas semanais. Segundo cálculos do Dieese, a medida deve gerar mais de 2 milhões de empregos. Em nome desta proposta, as centrais vão realizar mobilizações e paralisações por todo o país no próximo dia 28 de maio.
Fonte: Portal CUT