Sindicato diz que sistema é excludente
A Prefeitura de Campinas inicia a partir de 1
Porém, o “bônus” fica atrelado ao crescimento da receita e limitado a 2% do
gasto total com a folha de pagamento.
A avaliação de desempenho é um processo do Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos implantado na Prefeitura em março de 2008. Segundo o prefeito Hélio
de Oliveira Santos (PDT), o sistema “é mais um passo dentro da política de
valorização do funcionalismo municipal adotada” pela Administração. “Com esse
sistema, além de avaliar aspectos próprios do cargo, vamos promover a inovação
e aprimoramento de nossos servidores, com programas internos, promovidos pela
Escola de Governo, e os externos, de mestrado e doutorado”, disse.
Ontem, o secretário Municipal de Recursos Humanos, Luiz Verano Freire Pontes,
apresentou ao prefeito o modelo a ser adotado.
Os servidores candidatos à progressão horizontal serão avaliados nos critérios
de assiduidade, desempenho no cargo, competências comportamentais e cursos de
capacitação e aprimoramento.
Já para a progressão vertical, além de atender a esses requisitos, eles terão
de apresentar os títulos conquistados, de especialização, mestrado e doutorado.
Serão escolhidos os melhores dentro de cada grupo salarial da Prefeitura,
representado pelas letras A, B, C, D, E, e assim por diante. Eles terão de
obter média acima de sete e acima da média do grupo. Se os servidores do grupo
B registrarem média de avaliação de nove, os melhores terão que receber pontos
acima disso.
Arrecadação
“A avaliação de desempenho vai
alterar a carreira dos servidores, possibilitando uma verdadeira ascensão em
sua vida profissional. Nosso objetivo é aprimorar os métodos de gestão,
melhorar a qualidade e eficiência do serviço público e promover a evolução
funcional dos nossos servidores”, disse Verano. O secretário afirmou que o
pagamento do benefício atrelado ao crescimento da receita é parte integrante do
sistema de avaliação. “É um instrumento (
Os aumentos nos salários passarão a contar a partir do mês de março de cada ano
seguinte às avaliações. Os premiados em um ano terão carência de outros três
para voltar a ser beneficiado. Os gastos com o sistema de avaliação deverão
constar nas dotações orçamentárias da Prefeitura.
Atualmente, a folha de pagamento da Prefeitura é de R$ 52 milhões por mês para
servidores ativos e R$ 20 milhões para inativos. O secretário municipal de
Finanças, Paulo Mallmann, ainda não analisou os possíveis impactos com a
medida, mas mostrou-se preocupado com o aumento nos gastos. “Isso vai depender
da nossa capacidade de investimento. Também temos de considerar o crescimento
vegetativo da folha de 1,5% ao ano,”
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Recursos Humanos, na próxima
semana serão realizados encontros para que coordenadores e chefes de setor
tenham acesso ao conteúdo do novo sistema.
Sindicato diz que sistema é excludente
A direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Campinas criticou
o sistema de avaliação de desempenho da Administração por ser “excludente”.
Segundo Marionaldo Maciel, um dos coordenadores do sindicato, o atendimento de
somente 20% dos servidores na progressão horizontal e 5% na vertical, e a
possibilidade de aplicar apenas 2% do total da folha de pagamento, tornam a
medida ineficaz. “Queremos algo amplo, geral e irrestrito para a avaliação dos
nossos servidores”, disse. O coordenador disse que o pagamento do bônus
atrelado ao crescimento a receita, além de ser prejudicial, pode atrapalhar os
servidores. “É empurrar uma questão com a barriga. É gerar ilusão entre os
servidores”, disse. Maciel também afirmou que a Prefeitura não permitiu que o sindicato
participasse da seleção dos melhores servidores. “Queremos garantir a
idoneidade do processo, a transparência, mas não será possível.”
O sindicato e a Prefeitura estão em negociação para a campanha salarial de
Fonte: Agência Anhanguera