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01/04/2012

Agressões em CS e Caps acabam no distrito policial

Homem foi preso após quebrar telefone em centro de saúde do Campo Grande

Duas unidades de saúde de Campinas tiveram atendimentos conturbados neste final de semana, com depredação, agressão e ofensas verbais a funcionários. Os casos, ocorridos nos bairros Campo Grande e Vista Alegre, acabaram na polícia e uma pessoa foi presa.
No Pronto Atendimento Dr. Sérgio Arouca, mais conhecido como o PA do Campo Grande, o supervisor Danilo Rodrigues Pereira, de 21 anos, ameaçou agredir a atendente R.S., de 24 anos, por volta das 19h40 de anteontem porque acreditava que um colega que se acidentou de carro não estava sendo atendido, de acordo com a funcionária.
Segundo testemunhas, Pereira estava alcoolizado e se exaltou, xingou a atendente, contornou o balcão de atendimento, arrancou o telefone e tentou jogar o aparelho na tela do computador. Como a funcionário o impediu, então ele puxou o telefone novamente, o jogou no chão e ainda tentou dar um soco na funcionária. “Era um telefone com fio e ele o arrebentou. Pegou do chão e saiu correndo com o telefone pela recepção. Ele chegou a jogá-lo no carro de uma mulher”, disse a atendente.
De acordo com a recepcionista, a vítima do acidente havia chegado com uma viatura do Resgate, do Corpo de Bombeiros, e estava na sala de raio X com a irmã, que chegou a ser chamada para acalmar o visitante. A mulher, porém, afirmou que não conhecia Pereira.
A Guarda Municipal foi acionada e o supervisor foi levado para o 1o. Distrito Policial (DP), onde foi indiciado por dano, com possibilidade de pagar fiança de R$ 6 mil. Como não tinha o dinheiro, foi encaminhado para a cadeia anexa ao 2o. DP.
A Prefeitura informou que um relatório será elaborado pelos funcionários e o caso será investigado pela unidade, pela Secretaria de Saúde e pela Polícia Civil.

Outro caso
No Centro de Atenção Psicossocial (Caps) David Capistrano, no Jardim Vista Alegre, em Campinas, uma enfermeira afirma que foi agredida no rosto pela mãe de um paciente por volta do meio-dia de ontem.
Segundo a profissional da unidade, a mãe não queria assinar como responsável no documento de internação compulsória do filho, que não queria ficar no Caps. Durante a orientação sobre a necessidade de alguém se responsabilizar pela internação, a dona de casa a agrediu, além de xingar pacientes e outros funcionários. A funcionário teve a boca machucada e a GM foi chamada. O caso foi encaminhado para o 1o. DP para registro de boletim de ocorrência de lesão corporal e ofensa.

Violência
Os casos de violência têm se tornado comuns nas unidades de saúde de Campinas. No último dia 26, funcionários do Centro de Saúde d. Bruno Gamberini, no Jardim Fernanda, fizeram uma paralisação para protestar depois de uma dentista ser ameaçada de morte pelo pai de um paciente. Depois da ameaça, a dentista entrou em licença médica. Funcionários do CS afirmaram que as ameaças são constantes. “Falta remédio, falta médico e a população não quer saber, desconta na gente”, disse uma trabalhadora da unidade na época.
As agressões e a insegurança, com diversos registros de assaltos, agravam o problema do déficit de médicos e outros profissionais nas unidades básicas de saúde do município, onde o setor vive uma de suas piores crises, com superlotação de hospitais e postinhos, infraestrutura precária, além da falta de medicamentos e de materiais e equipamentos básicos para o atendimento da população. A Câmara chegou a instalar uma comissão especial de inquérito (CPI) para analisar os problemas da área.

Fonte: Correio Popular

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