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24/08/2011

Saiu na Imprensa: Oposição boicota cerimônia de posse

Em protesto contra Demétrio, vereadores não compareceram à sessão solene na Câmara ontem

Em um recado direto ao novo chefe do Executivo, que não deve encontrar vida fácil no Legislativo a partir de agora, os vereadores da oposição boicotaram na manhã de ontem a cerimônia de posse do prefeito Demétrio Vilagra (PT), realizada no plenário da Casa. Tadeu Marcos (PTB) e Biléo Soares (PSDB) não compareceram em função de licenças médicas, mas os outros cinco ausentes fizeram questão de demonstrar o seu descontentamento e incômodo com a posse. Os demais 26 parlamentares assistiram à cerimônia.
“Não me senti à vontade para ir. Estamos tentando cassar o Demétrio agora e não faria sentido assistir à sua posse. Amanhã (hoje), vou votar pelo seu afastamento”, justificou Artur Orsi (PSDB), autor do requerimento que gerou a Comissão Processante que acabou cassando, na madrugada do último sábado, o mandato do então prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). “Não vou prestigiar a posse de quem eu acho que não tem condições de assumir a Prefeitura de Campinas”, reforçou.
O presidente da CP que cassou Hélio, o vereador Rafa Zimbaldi (PP), foi outro que preferiu não participar da cerimônia no Legislativo, mesmo tendo ido ao seu gabinete na Casa no momento em que a cidade ganhava um novo chefe do Executivo. “Acho uma incoerência participar desse evento enquanto estamos trabalhando para uma limpeza na Administração pública. O que tivemos foi a posse de um prefeito envolvido em graves denúncias do Ministério Público e que só está em liberdade porque é segurado por um habeas corpus”, criticou.
Enquanto Demétrio lia o seu compromisso como prefeito, Valdir Terrazan (PSDB) aguardava o momento certo para apresentar seus dois requerimentos contra o petista no protocolo da Câmara. Um pedido de instalação de CP e outro de afastamento temporário do prefeito recém-empossado. “A Administração precisa ser passada a limpo. Esse é o papel do Legislativo agora, não podemos ser incoerentes”, resumiu o tucano.
Antonio Francisco dos Santos, o Politizador (PMN), também circulou pela Casa ontem, mas não entrou no plenário durante o evento repleto de autoridades, políticos e jornalistas, mas fechado à população em geral. Mantendo uma postura independente na Câmara, ele foi um dos 32 parlamentares que votaram pela cassação de Hélio. Agora, no caso de Demétrio, o Politizador quer manter a coerência. De acordo com a sua assessoria de gabinete, o parlamentar também vai votar pela criação de uma CP para investigar o petista e ainda pelo seu afastamento. Sendo assim, evitou aparecer durante a posse e apenas andou pelos corredores do Legislativo. O vereador do PMN ainda acompanhou de perto o colega Terrazan protocolar os pedidos pela apuração das denúncias contra Demétrio.
Petterson Prado (PPS), atacado fortemente por Hélio e sua defesa, que tentou impedir a participação do vereador na sessão histórica de julgamento da semana passada, foi o sétimo vereador ausente ontem. Sua opção por não prestigiar a posse do novo prefeito também seguiu a linha dos demais parlamentares de oposição. Procurado ontem, ele não foi encontrado pela reportagem.


Indelicadeza
Novo líder do governo na Câmara, Josias Lech (PT) respeitou o posicionamento e o livre arbítrio de seus colegas, mas isso não o impediu de considerar as ausências uma indelicadeza. “Afinal de contas, era um momento histórico para a cidade. Aquilo (a posse), falando sob o ponto de vista dos próprios vereadores da oposição, foi o resultado do trabalho deles, de suas ações como fiscalizadores”, lamentou Lech. “Eles deveriam ao menos cumprir o seu papel de vereadores e comparecer a um evento da Casa”, acrescentou aquele que deverá ser o fiel escudeiro de Demétrio a partir de agora.


Fonte: Correio Popular (24/agosto/2011)

Fonte: Correio Popular

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