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07/08/2011

Saiu na Imprensa: Impeachment e três CPIs travam pauta da Câmara

Investigações mobilizam Legislativo e deixam projetos importantes na gaveta

Os vereadores de Campinas correm contra o tempo para encerrar até o final do mês os trabalhos das três comissões parlamentares de inquérito (CPIs) — da Emdec, da Setec e do Trabalho Escravo — e da Comissão Processante (CP) que pode levar à cassação do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). Os trabalhos estão todos em fase de conclusão. As investigações apuram irregularidades em contratos para multas de trânsito com radares, más condições de trabalho em obras de grandes construtoras e a denúncia de uso de corpos que passaram pelo necrotério dos Amarais para aulas de tanatopraxia — técnica de conservação — sem consentimento das famílias.

Com o encerramento das comissões de investigação será possível a abertura de outras CPIs pelos parlamentares. O regimento interno da Casa permite que estejam em andamento no máximo três CPIs.

Em maio, pelo número de comissões instauradas estar no limite, o vereador Artur Orsi (PSDB) não pôde iniciar a CPI para investigar os contratos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A. (Sanasa) que fariam parte do suposto esquema de corrupção denunciado pelo Ministério Público (MP).

O vereador já adiantou que vai protocolar de novo um pedido para que a CPI seja instalada. Para isso, além da assinaturas de 11 parlamentares, é preciso conquistar a aprovação no plenário. “Tem muita coisa, além de tudo que o Ministério Público já investiga, que é preciso ser apurado”, disse Orsi.

A CPI também pretende apurar o esquema que facilitaria a liberação de alvarás pela Secretaria de Urbanismo a empresários e a instalação de antenas de telefonia celular em áreas de propriedade do ex-diretor de Planejamento da Prefeitura Ricardo Cândia, um dos 22 denunciados pelo MP no Caso Sanasa.

A Câmara tem vivido um momento atípico com a avalanche de denúncias e tem deixado de lado a votação de projetos importantes para a cidade, como o das macrozonas. As três comissões, além da CP, somam quase 10 mil páginas. Ao todo, já foram ouvidas cerca de 50 pessoas.

A CP também será encerrada este mês. Até o dia 28, o relatório deverá ser apresentado e os vereadores terão de votar a cassação do prefeito. A comissão foi instaurada em maio, três dias após ser o suposto esquema de corrupção na Sanasa vir à tona, no dia 20 de maio. A megaoperação atingiu o núcleo forte do governo Hélio, afastando do poder pessoas do alto escalão, como a primeira-dama e ex-chefe de Gabinete Rosely Nassim Jorge Santos.


Fonte: RAC Campinas

Link notícia: http://bit.ly/qzrHUE


Fonte: RAC

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