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23/06/2009

Sem água, Policlínica 2 suspende atendimento

Consultas foram canceladas ontem no local, que recebe 400 pessoas por dia

Um problema com a bomba d'água obrigou a suspensão do atendimento na Policlínica 2, que recebe 400 pessoas por dia, em média. A Secretaria de Saúde informou, via assessoria de imprensa, que a troca do equipamento já foi providenciada e o atendimento volta ao normal hoje. As consultas agendadas para ontem foram remarcadas para os próximos dias.

A suspensão do atendimento foi pedida pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Campinas, atendendo à solicitação dos funcionários, que alegaram que o local não poderia funcionar sem água. "A unidade foi fechada por falta de condições de trabalho", disse o diretor do Sindicato, Elias Cruz. Segundo ele, o problema se arrasta há anos e o prédio, muito antigo, é inadequado ao atendimento da população.

Funcionários também reclamaram das condições precárias do prédio e do funcionamento da bomba d'água, que já quebrou outras vezes. "É a terceira vez que a bomba quebra em pouco mais de um ano. Além disso, os banheiros estão em péssimas condições e o elevador trava com frequência. Está bem difícil trabalhar aqui", disse Fátima Dias, funcionária e também representante sindical.

"Já pedimos a compra de uma segunda bomba e reformas no prédio, mas a Prefeitura não atendeu. Hoje, a situação chegou ao limite. Como trabalhar sem água até para lavar as mãos?", questionou Cruz. "Há um descaso da Prefeitura com o prédio, que não tem condições estruturais para o atendimento", reforçou a médica Ana Maria Alves de Lima.

Segundo os funcionários, os pacientes agendados foram avisados por telefone do fechamento e as consultas foram remarcadas. Mas muitos contestaram essa informação e reclamaram que só foram avisados da suspensão do atendimento ao chegar na Policlínica. "Estou com o celular ligado e eles têm meu número. Ninguém me avisou de nada. Espero desde setembro do ano passado por essa consulta e agora dou com a cara na porta", lamentou Elisangela Soares dos Santos, que tinha consulta com fonoaudiólogo para o filho Kevin, de 7 anos. "Isso é péssimo. Minha consulta estava marcada para o dia 27 de maio e foi remarcada. Agora, chego aqui e novamente não sou atendido. O pior é que, como sou autônomo, perco mais um dia de trabalho", disse Agnelo de Souza Santos.

Em março do ano passado, o sindicato lacrou a porta de entrada da Policlínica 2, impedindo o acesso de trabalhadores e usuários na unidade, alegando problemas estruturais no prédio. Na ocasião, o secretário de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva afirmou que o prédio tinha condições de funcionamento, mas adiantou que a secretaria planejava transferir a Policlínica 2 para o anexo do Centro de Saúde Faria Lima, onde já funciona a Policlínica 3. 
 
 
  
 
 
 


Fonte: da RAC

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