Leia a coluna sobre o projeto de privatização por meio do PL das OSs
A pressa da Prefeitura de Campinas em
aprovar o projeto que dá o sinal verde para a terceirização de serviços
públicos, com a contratação de organizações sociais (OSs), embute uma
necessidade iminente: encontrar uma solução para a gestão do Hospital Ouro Verde.
Como a Justiça determinou que é preciso haver licitação para a escolha do
substituto da Unifesp/SPDM, atual gestora do complexo hospitalar, e a prorrogação
do convênio com a entidade se encerra no final deste mês, a Administração corre
atrás de alternativas. Ou seja, o convênio com a Unifesp/SPDM terá de ser rompido
definitivamente. O repasse da gestão do Ouro Verde a uma
OS — como já ocorre em muitos hospitais de outras cidades—seria uma saída
mais rápida e barata do que a criação de uma fundação, por exemplo, como a Prefeitura
já chegou a cogitar. Além disso, a aprovação das OSs também poderia solucionar, ao menos em parte, o imbróglio administrativo
do Serviço de Saúde Cândido Ferreira, que se arrasta há anos. Pontos
fracos O
problema é que o projeto do Executivo das OSs tem sofrido forte resistência de
servidores, sindicalistas e entidades ligadas à Saúde — além do PT —, que não querem
a terceirização dos serviços públicos. Também
pesa contra as OSs a falta de transparência na prestação de contas, uma falha
apontada com recorrência pelos críticos do modelo. Na segunda-0feira, o
movimento contra o projeto reúne seus representantes às 19h30,
no Sindicato dos Metalúrgicos.
Fonte: Xeque-Mate