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02/12/2011

Funcionários param devido à precariedade de postinho

Protesto foi devido às péssimas consições de conservação do prédio; módulo funciona improvisado em uma casa de três dormitórios desde 2002

Enquanto 26 funcionários do Módulo de Saúde Rosália trabalham no atendimento a cerca de 200 pessoas por dia em uma casa de três quartos improvisada, o Centro de Saude do bairro, localizado a poucos metros de distância, está praticamente pronto, mas fechado. 

Faltam acertar detalhes noacabamento, mas a obra não é concluida por causa de entraves burocráticos que foram potencializados pela crise que vive a Prefeitura.
A empresa responsável pela construção pediu mais dinheiro para concluir o trabalho. E, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, a liberação de verbas é algo que demanda tempo.
 
'Enquanto a coisa não se resolve, funcionários e usuários correm riscos nesse local' , disse o enfermeiro Jorge Mendes Ávila. Na última segunda-feira, parte do reboco do teto da cozinha caiu, revelando problemas estruturais na laje. 'Aqui seria a cozinha, mas é usada pelo setor administrativo e como sala de reuniões. Por sorte ninguém estava aqui quando o acidente aconteceu' , disse Ávila.
 
A casa é apertada para acomodar todos os funcionários, mas atende cerca de 200 pessoas por dia. Lá são feitas consultas, exames, inalação e vacinação, entre outros procedimentos. Materiais como fichas, medicamentos, e insumos para o atendimento são amontoados em cima de estantes. 'Alguns materiais como cadeiras são armazenados na associação de bairros' , revela Ávila. 

Há apenas dois banheiros, um para os funcionários e outro para os usuários. Em um deles há um grave problema de infiltração. A área de serviço é pequena para acomodar todos os produtos necessários para a desinfecção do ambiente, como requer a Vigilância Sanitária. E parte da parede da enfermaria está coberta de mofo. 

Uma grande rachadura no teto da 'farmácia' expõe a falta de manutenção do prédio. 'Essa casa foi comprada pela associação de moradores do bairro para a prefeitura fazer o centro de saúde. Eles disseram que iriam fazer a manutenção, mas não fizeram. É uma vergonha. Sou pedreiro e sei os danos que isso pode provocar' , conta o conselheiro de saúde local, Albertino Barbosa. 

A sala de espera é um corredor. 'Quando chove, isso aqui alaga' , diz o enfermeiro. Outro problema recorrente é a perda de vacinas quando ocorre interrupção no fornecimento de energia. Os funcionários contam que quando a eletricidade falta durante o expediente, os servidores usam veículos próprios para levar o material até o CS Anchieta, no bairro vizinho. 'Vacinas são caras, não podem ser perdidas assim' , reclama o conselheiro regional de saúde Jair Afonso. 

As consultas agendadas para segunda-feira também foram desmarcadas e os pacientes, avisados. 'Queremos que a prefeitura entregue o prédio do Centro de Saúde que está praticamente pronto. Não temos condição de continuar trabalhando aqui' , reforçou o enfermeiro. 

O secretário de saúde Adílson Rocha Campos reconhece a legitimidade do movimento, mas pede que os servidores não interrompam o atendimento à população. Ele diz que a solução é a mudança para o centro de saúde que está quase pronto, mas não revela prazos par aque isso ocorra. 'Vamos conversar com a empresa para saber quando é que ela pode nos entregar o prédio' , diz.


Fonte: RAC

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