Hoje, todos à Câmara contra a privatização e terceirização dos serviços públicos
Conceitos ideológicos e interesses políticos a parte, o projeto
da Prefeitura de Campinas que trata das organizações sociais (OSs) merece mesmo
um debate mais apurado, como defendem parte do PT, Sindicato dos Servidores e
entidades da Saúde. Isso porque é preciso saber exatamente o que irá ser
votado—e, eventualmente, virar lei. No final do ano passado, por exemplo, a Assembleia
Legislativa aprovou, sob protestos de manifestantes, projeto do governo
estadual que destina até 25% dos atendimentos de hospitais públicos
administrados por OSs para os planos privados de saúde, mediante cobrança. A nova lei prevê que “seguradoras e planos de saúde serão
cobrados pelo atendimento de seus pacientes em hospitais públicos de alta complexidade”,
como o Instituto do Câncer. Os deputados da oposição temem que as OSs comecem a priorizar
o atendimento do convênio, em detrimento dos pacientes do SUS, cuja tabela de
repasse aos hospitais está, como se sabe, defasada há muitos anos. Faz sentido,
apesar de o governo ter garantido que isso não irá acontecer.
Fonte: Correio Popular - coluna Xeque Mate