SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE CAMPINAS
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15/07/2008

Defender o Ouro Verde é defender a saúde pública de Campinas

Leia a carta à população

Caro cidadão de Campinas,

 

      Nós, trabalhadores municipais, vimos esclarecer algo que vem ocorrendo no Complexo Hospitalar Ouro Verde e que afeta diretamente quem busca atendimento de saúde na unidade.

      Fazemos parte do sistema de saúde de uma das cidades mais importantes do Estado de São Paulo. Porém, o Governo Hélio não faz investimentos para que possamos prestar um serviço que você merece. Definitivamente, o Dr. Hélio não tem uma política clara de saúde para o município. Ele entrega patrimônio público à terceirização, fazendo mal á saúde do trabalhador e da população de Campinas.

       Nosso trabalho é a favor de um serviço público e de qualidade. Contudo, a falta de funcionários e condições de trabalho inadequadas dificultam o atendimento que você tanto merece. A culpa é do Governo que não tem uma proposta clara de saúde para o município. Além disso, perdemos profissionais da área da saúde que dedicaram parte de sua carreira para implantar e consolidar o SUS (Sistema Único de Saúde) na cidade, em função do assédio moral e da perseguição do Governo Hélio.

      A terceirização da saúde em Campinas só favorece quem vai gerenciar os recursos, no caso a SPDM. Em diversas cidades onde este modelo foi implementado quem saiu mais prejudicado foi a população.

      O que significa, neste caso, terceirizar? Significa transferir um hospital público, construído com dinheiro público, a um grupo empresarial que só tem olhos para obter lucro com os serviços de saúde à população.

      O governo Hélio contratou uma empresa para gerenciar quase R$ 80 milhões, verba pública destinada ao Ouro Verde. Ela emprega profissionais de outras cidades (Diadema, Mogi das Cruzes, Piracicaba, São José dos Campos...), enquanto a população de Campinas fica à espera de abertura de concursos públicos.

      A SPDM é um grupo que opera em diversos hospitais do Estado de São Paulo. Por onde passa, o quê sobra é o desmonte do serviço público, pois seu maior interesse é ter acesso ao montante de verba destinado à saúde. SAÚDE PARA ELES NÃO PASSA DE UM BALCÃO DE NEGÓCIOS.

      Esta empresa foi contratada de forma totalmente irregular. Além disso, não possui, sequer, idoneidade para gerenciar um "carrinho de cachorro quente". Por ter mais de 3.000 títulos protestados, já não poderia entrar num processo de licitação do tamanho e da complexidade que exige o Hospital Ouro Verde. A  população de Campinas não merece tanta sujeira!

      Se você cidadão tiver um único protesto e seu nome constar nos cadastros do SERASA, muitas portas se fecharão. Porém, para a SPDM, ter mais de 3.000 protestos, ou seja, ter o nome sujo na praça, não lhe tirou o benefício de administrar um hospital  da importância do Ouro Verde. Uma empresa caloteira, que deve mais de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) na praça está administrando o Ouro Verde! Em condições normais isto nunca poderia ocorrer. Temos que extirpar este tumor que se instalou na saúde de Campinas.

        Por isso, contamos com os usuários e moradores da região do Ouro Verde para lutar juntos em defesa da saúde pública, de qualidade e para todos. Contra a entrega do patrimônio público à iniciativa privada.

 

 

 


Fonte: STMC

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