- Depois de um dia de debates, representantes dos 183 países que estão participando da conferência da FAO (o órgão de alimentação e agricultura da ONU) em Roma chegaram nesta quinta-feira a um acordo sobre o texto final da conferência. O documento pede uma ação urgente contra a crise dos aumentos de alimentos e dizem que a comida não deve ser usada como uma arma política ou econômica. Alguns dos problemas que atravancaram as reuniões desta quinta foram esclarecidos no meio da tarde. O governo Argentino confirmou que é um dos que trabalha para alterar o documento. Os argentinos queriam ver retiradas do texto as menções ao final de "medidas restritivas" no comércio internacional de alimentos. Para aceitar o texto final, eles aceitaram que fosse feita apenas uma ressalva sobre o assunto. O país impôs recentemente medidas para tentar diminuir a exportação de alimentos, com o objetivo de conter a inflação interna. Outro país que queria ver mudanças no documento final é Cuba. O país queria introduzir de forma indireta a discussão sobre o embargo feito pelos Estados Unidos à ilha. Os americanos não aceitaram as alterações. No começo do dia, um diplomata europeu ouvido pelo site em inglês da BBC disse que o Brasil e outros países latino-americanos estavam se negando a assinar o documento porque ele apresentava de forma negativa os biocombustíveis. Os representantes brasileiros, no entanto, negaram que tenha havido grandes problemas em torno do debate sobre o etanol e que foi possível chegar a um texto consensual. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Fonte: Agências